No 2º Congresso ClienteSA de Crédito e Cobrança, realizado ontem (18/06), em São Paulo, Paulo César Machado, diretor presidente da Ativos, iniciou a palestra, no painel Futuro a Vista, citando o economista John Maynard Keynes e o conceito de “animal spirits” para mostrar que o setor não pode ter medo do crescimento do crédito, pois isto amplia toda a economia.
O executivo reforçou a necessidade de aproximação entre os agentes do mercado e a parceria entre as securitizadoras e as empresas de cobrança, “precisamos gerar expertise no assunto em conjunto”, afirmou. Na Ativos as cobranças são terceirizadas, porém há uma especificação e flexibilização na distribuição das carteiras, para adequar os diferentes perfis de cobrança. “Nos preocupamos que as empresas contratadas também tenham bons faturamentos, em uma relação de ganha-ganha”, afirma Machado.
Machado abordou as formas de tratamento com o cliente devedor, afirmando que não pode ser estigmatizado como “mau pagador”, pois na maioria dos casos a inadimplência é conjuntural, cujo principal fator é o desemprego. Foi categórico nesta defesa ao perguntar: “o que seria melhor para uma instituição financeira: um cliente que não pega empréstimos ou que realiza empréstimos, mas paga em longo prazo?”, disse.
O painel também contou com a palestra de João Marcelo Fernandes Lucas, responsável por crédito e cobrança da Vivo, e com os debatedores: Marco Antonio Theodoro, diretor de novos negócios da Tivit; Vitor Pacheco, da GVT; e Luiz Santucci, presidente da AMMB. A mesa foi moderada por Mello, collection manager do HSBC.