Inadimplência de PJ deve permanecer estável

As taxas de inadimplência, até o término do ano, deverão ficar iguais ou menores às registradas em 2016. Esta é a percepção de 69% da amostra de 600 empresas de todo o Brasil consultada pela Boa Vista SCPC, sendo que 47% apontaram para uma possível manutenção dos níveis de inadimplência, enquanto 22% indicaram queda destes índices. Em contrapartida, 25% disseram que a inadimplência em 2017 será superior. A pesquisa foi realizada entre 11 de abril e 2 de maio.
Na opinião do economista da Boa Vista SCPC, Flávio Calife, a manutenção ou mesmo a queda da inadimplência esperada pelas empresas corrobora os dados do Indicador de Inadimplência das Empresas divulgado trimestralmente, que iniciou o ano com leve queda de 0,3%, na comparação com o mesmo período de 2016. Na análise da tendência (medida pelos valores acumulados nos últimos 4 trimestres frente aos 4 trimestres anteriores) o mesmo indicador também apresentou consecutivas desacelerações até o 1º trimestre deste ano, quando cresceu apenas 0,6%.
Também de acordo com a pesquisa, quando questionados sobre o nível de endividamento de suas empresas em 2017, 26% dos respondentes afirmaram que já é superior ao de 2016. No 1º trimestre de 2017 esse percentual era de 18%. Na comparação por setor, 29% das empresas do Comércio disseram que o endividamento aumentou. No 1º trimestre deste ano o percentual era de 16%. Por porte, as Pequenas empresas são as que mais sentiram um aumento do endividamento (35%).
Já com relação à intenção de demandar crédito, o total de empresas que neste 2º trimestre espera não pedir mais crédito em 2017 foi de 43%, registrando aumento de 9p.p. frente ao resultado observado no trimestre anterior. Em contrapartida, 32% delas têm a expectativa de demandar mais crédito até o final de 2017. Por setor, 45% das empresas do Comércio não tomarão mais crédito no ano. Comparado ao trimestre anterior, este percentual registrou crescimento de 12p.p, passando de 33% para 45%. 
Das empresas que declararam procurar por novas linhas de crédito, aumentou de 18% para 27% as que disseram que o principal motivo é o pagamento de empréstimos e credores. Em contrapartida, recuou de 48% para 35% as que tomarão crédito com a finalidade de realizar novos investimentos. Quando questionadas sobre os motivos que as levaram a tomar mais crédito, no setor de Serviços a maior parte (39%) afirmou que é para pagar empréstimos. Já no Comércio, a maioria (52%) vai alavancar o capital de giro; e no setor da Indústria, 45% vão usar os recursos para novos investimentos.

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