O INCC – Índice Nacional SCPC de Crédito ao Consumidor – elaborado com base no movimento de consultas dos mais de 2200 SCPCs e SPCs de todas regiões do Brasil, atingiu 111,8 em janeiro último com aumento de 14,9% sobre igual mês de 2010, resultado bastante expressivo, mas em parte explicado pela base de comparação, uma vez que janeiro do ano passado ainda não apresentava forte expansão.
“Comparativamente a dezembro, o Índice registrou queda de 24,3%, percentual dentro do padrão de sazonalidade normal do período”, aponta o economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo.
A região Sudeste apresentou crescimento de 17,3%; Sul, 12,1% e Nordeste; 10,4%; Centro-Oeste, 7,5% e Norte, 6,7%. “A perspectiva para os próximos meses é ainda de aumento das consultas, refletindo a expansão do crédito, mas em ritmo mais lento do que o observado em 2010”, pondera Solimeo. “Isso ocorre não apenas pelas medidas adotadas pelo Banco Central, como a elevação do compulsório dos bancos e da taxa SELIC, mas também pela forte base de comparação e pelo menor crescimento, espera-se, do gasto público”, acrescenta.
De acordo com o economista, o impacto das medidas do Banco Central ainda não se fizeram sentir integralmente em janeiro, mas deverão ter maior efeito sobre a expansão do crédito e das vendas do varejo nos próximos meses, em função do aumento dos juros e da redução dos prazos do crediário. “Ainda é difícil avaliar a intensidade do impacto da combinação das medidas macroprudenciais (aumento do compulsório e da exigência de maior capital para os financiamentos de prazos mais longos) e do aumento da SELIC sobre o consumo, embora se espere que as vendas do varejo possam crescer acima de 5% em 2011, especialmente em função do aumento do emprego e da renda.