Modelos inovadores



O saldo total das operações de crédito do sistema financeiro alcançou R$2.035 bilhões em fevereiro, com expansões de 0,4% no mês e de 17,3% em doze meses, segundo o Banco Central. Atento a esse bom momento do crédito no Brasil, empresas e bancos têm apostado em novas formas para ofertar crédito. A idéia é ganhar mercado apostando em determinados públicos, como a classe C, micro e pequenas empresas, ou mesmo moradores de comunidades carentes.

 

Um exemplo são as cooperativas de crédito. Com oferta de juros melhores e atendimento diferenciado, elas aparecem como alternativa aos tradicionais bancos. As cooperativas paulistas já administram R$ 10 bilhões de ativos financeiros. Em 2011, o Estado de São Paulo contabilizou 290 cooperativas, que captaram R$ 5 bilhões em depósito.

 

Para Edivaldo Del Grande, presidente da Ocesp, Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo, Edivaldo, um dos motivos do bom resultado é o atendimento, realizado diretamente pelos gerentes. “Diferente dos bancos comerciais, que fazem uma análise geral da renda do cliente e oferecem crédito até o limite da capacidade de pagamento, o gerente da cooperativa tem o papel de consultor financeiro do cooperado, auxiliando-o a estabelecer suas prioridades para conseguir resolver seus problemas.”

 

Esse também é o caso da Sicredi. Com mais de 1,8 milhões de clientes presentes em 11 estados, a empresa apostou no sistema de cooperativas para se diferenciar. Uma das vantagens é a redução da simetria de informações devido à relação próxima com os associados. A outra é a inteligência regionalizada. As concessões e os resultados das carteiras de crédito são assumidas por cada uma das cooperativas, que conhecem as particularidades do mercado local.

 

Outro filão importante é o de microcrédito, de olho no público de baixa renda. Implementado pelo Banco do Nordeste a partir de 1997, o projeto Crediamigo atende empreendedores dos setores de comércio, indústria e serviços, com atividades legalizadas, em 1.829 municípios da região Nordeste.

 

O Santander também vem colhendo bons resultados com a operação. Após crescer 35% na carteira de crédito em 2010, a operação de microcrédito do Santander manteve o ritmo e registrou aumento de 49% em 2011, chegando a R$ 186 milhões. “O microcrédito é uma forma de dar apoio aos pequenos empreendedores. Queremos fomentar o crescimento sustentável, por isso não disponibilizamos apenas crédito, mas principalmente orientação financeira por meio de 211 agentes de crédito em todo o Brasil”, afirma Jerônimo Ramos, superintendente da Santander Microcrédito.

 

Confira algumas dessas novas ofertas e seus resultados:

 


Estado conta com 290 órgãos, que captaram R$ 5 bi em depósitos em 2011

 


Apesar da boa situação econômica do Brasil, cenário do crédito ainda precisa amadurecer

 


Empresas vão ofertar crédito consignado e seguros

 


Instituição financeira de Microcrédito fecha parceria para atuar em Tocantins

 


Carteira do banco chega a R$ 186 milhões em 2011

 

Veja também a matéria de cobertura do Encontro ClienteSA IRC+ Fórum WitRisk, que também abordou o assunto:

 


Com estratégias consolidadas, mercado de crédito e cobrança se prepara para um novo salto de desenvolvimento apoiado em inovação

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