De acordo com dados do Censo realizado, em 2010, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de mulheres responsáveis pelos domicílios saltou de pouco mais de nove milhões para quase dezenove milhões entre 2000 e 2010. Outro número bastante revelador, ainda segundo o IBGE, é que, aproximadamente, 41% do público feminino contribuem para a renda familiar.
Com isso, chega-se à conclusão de que o poder de decisão no momento do consumo está cada vez mais em mãos femininas. “Com as responsabilidades cada vez maiores, é notório o aperfeiçoamento dia após dia na gestão financeira dos seus recursos. E, por estarem à frente disso, as mulheres têm fugido dos gastos excessivos e se distanciado das temidas dívidas”, garante o diretor de marketing e relacionamento da Sorocred, Wilson Justo.
Para o executivo, a responsável por uma família tende a ser ainda mais conservadora. Ela opta por poupar e pensa muito mais antes de cair na tentação de comprar por impulso. “A base de cartões da Sorocred é composta por 57% de mulheres. É um número bastante significativo, principalmente se consideramos os dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) de que pouco mais de 50% dos cartões de crédito emitidos no Brasil está nas mãos do público feminino”, informa.
No entanto, informações da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostram que, em janeiro de 2016, o cartão de crédito foi o tipo de dívida mais citado pelas famílias brasileiras (78,6%). Seguido por pagamentos em carnê (16,8%), financiamento de carro (12,5%), crédito pessoal (9,8%), financiamento de casa (8,1%) e cheque especial (7,1%).