Mulheres são menos inadimplentes

Em todas as faixas salariais, a renda média das mulheres é menor do que a dos homens. Por outro lado, elas são menos inadimplentes e comprometem menos a renda com dívidas. É o que mostra uma pesquisa realizada pelo SerasaConsumidor, braço da Serasa voltado ao cidadão, e a área de Big Data, a fim de saber o comportamento financeiro delas neste Dia Internacional da Mulher. 
Além disso, quase 70% das mulheres analisadas recebem uma renda média de até R$ 1.760.  As assalariadas que ganham, em média, entre R$ 880 e R$ 1.760 são 41,6% do total. Já 25,7% da amostragem feminina vive com até um salário mínimo. No grupo masculino, o percentual de homens com salários abaixo de R$ 1.760 é menor: 52,4%. Sendo 37% recebendo entre R$ 880 e R$ 1760 e 15,4% com dividendos até R$ 880.
Na outra ponta da tabela, apenas 7,3% das mulheres têm renda média acima de R$ 8.800. Enquanto 11,9% dos homens estão nesta faixa salarial. A disparidade segue entre quem recebe de R$ 4.400 a R$ 8.800: 7,6% das trabalhadoras se enquadram aqui e 12,4% dos homens. Salários entre R$ 1.760 e R$ 4.400 ficam com 17,8% das mulheres e com 23,3% dos assalariados do sexo masculino.
Apesar de ganharem menos, as mulheres aparecem no estudo com índices de inadimplência atuais mais baixos em relação aos homens: 43,2% estão negativadas, contra 45,8% dos homens. Também é ligeiramente mais alta a porcentagem de mulheres que não ficaram com o nome sujo nos últimos dois anos: 21,4% contra 20,7%. “O Cadastro Positivo representa uma mudança de cultura em todo o mercado de crédito, tanto para as concedentes como para os consumidores. Com ele, os credores passaram a considerar as contas pagas em dia e não apenas a ocorrência de pendências financeiras, permitindo uma avaliação mais completa da capacidade creditícia dos cadastrados”, diz a diretora do SerasaConsumidor, Fernanda Monnerat.
Ainda de acordo com o estudo, o público feminino tem a renda menos comprometida com as instituições financeiras: 26,8% das entrevistadas não tem comprometimento, enquanto 24,6% do grupo masculino estão nessa condição. 
Perfil das operações de crédito femininas
Os hábitos de financiamento também divergem entre homens e mulheres. Segundo o estudo, o cartão é a principal ferramenta de crédito para 46,5% das entrevistadas. Já os homens são 42,5% que se valem do recurso. O crédito consignado também é opção para 13% das mulheres (9,7% do grupo masculino). Nas demais operações de crédito os homens são maioria.

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