Muito antes da Internet, do telefone e, até mesmo, do serviço postal, a cobrança era feita de porta em porta. Talvez tenha sido isso que tornou a fama de quem cobra um tanto ingrata, mas, a verdade, é que com o avanço tecnológico, as coisas ficaram muito mais fáceis. Tanto para quem está em débito, quanto para as recuperadoras de crédito. Entretanto, ao contrário do que muitos pensam, essa evolução não tirou totalmente os chamados agentes de campo das ruas. Entretanto, agora eles também contam com uma ajuda da tecnologia. “Como hoje um dos grandes desafios é fazer a gestão do grande contingente dos cobradores externos em campo e a otimização do seu trabalho, as tecnologias relativas à mobilidade aparecem como elemento chave para a solução desse problema”, pontua Frederico Dias, presidente da Altitude Software para a América Latina.
Dessa forma, as recuperadoras de crédito podem usar os chamados agentes móveis, que é o cruzamento de dados internos com os recolhidos pelos cobradores externos, de forma que estes possam ter acesso ao histórico de dados do cliente que irá visitar. Os benefícios vão desde o ganho em escala e otimização do trabalho do agente de campo, até a entrega de informações gerenciais do serviço realizado de forma padronizada. “Como toda inovação, a adoção da mesma exige mudanças de cultura e comportamento que, se por um lado, traz receios por parte de alguns usuários, por outro, é um caminho sem volta devido aos benefícios que ela possibilita”, acrescenta Dias.
Tal como ocorreu quando a tecnologia entrou de vez na rotina das recuperadoras de crédito, apesar da cautela, os bônus são visíveis, principalmente no aumento em produtividade e possibilidade de gerenciamento em tempo real e histórico. O presidente da Altitude ressalta ainda o fato dessas plataformas geralmente utilizarem o sistema de nuvem, o que faz com que o esforço para implantação seja muito pequeno. “Basta que o agente de cobrança de campo registre seu dispositivo móvel (tablete ou smartphone) na nuvem da Altitude, que já estará pronto para desenvolver o seu trabalho”, referindo-se a ferramenta Door-to-Door, como exemplo.