Ter uma base de dados bem estruturada é essencial para as empresas de cobrança. É por meio dela que se consegue entender o perfil do cliente, e mais importante, localizá-lo. Entendendo a importância disso, o tema foi discutido no segundo dia do 8º Congresso Nacional de Recuperação de Crédito da Aserc. Durante sua palestra, Lucas Guedes, consultor da Boa Vista Serviços, ressaltou que, por meio de uma database eficiente, é possível escolher o melhor ´timing´ para ligar para o cliente. “Escolher um bom momento é a melhor maneira de atingir uma boa negociação.”
Nesse sentido, Eduardo Tambellini, CEO da GoOn, reforçou o valor que uma boa base de dados tem também para a localização do cliente. “Se eu não tiver dados do cliente, como eu vou cobrar?”, indagou. No entanto, muito além de localizar o devedor, é preciso saber quem ele é. Tambellini afirma que é preciso entender porque o cliente deve. “O devedor é uma pessoa que passou por diversos problemas e que precisa de uma ajuda para acertar suas dívidas. Precisamos deixar de ver o devedor como picareta”, comentou.
Além disso, ele comentou que as empresas de cobrança precisam entender essas novas ferramentas como investimento e não custo, uma vez que auxiliam a cobrar o cliente da forma mais adequada, o que resulta em negociações positivas. “Temos maior chance de recuperação quando usamos a ferramenta adequada. Temos que estabelecer visões para sermos assertivos, se tivermos foco, conseguiremos ter bons resultados.”
Quem também participou do Congresso para discutir o planejamento estratégico dentro das empresas, foi Marcelo Alexandre Brito Ferreira, superintendente da Cetelem. O executivo pontua sobre o que a empresa espera de quem vai buscar o crédito e recuperar o cliente. “Vendemos carteira com clientes com dívidas de mais de 180 dias. Nós da Cetelem trabalhamos apenas com cobrança amigável e acreditamos que devemos buscar resultados na competição, com ganhos de produtividade”, explicou.