Os mais endividados do Brasil

Mesmo com um aumento de quase 8% na renda (2014 x 2013) e uma maior conscientização dos gastos, uma pesquisa realizada pela Kantar Worldpanel mostra que o endividamento no Brasil ainda é alto, com 49% das famílias gastando mais do que ganham. A renda média do brasileiro em 2013 era de R$ 2.779. Já em 2014 registrou aumento e ficou em R$ 2.994. Com relação ao gasto médio do consumidor, neste mesmo ano o valor foi de R$ 2.968, apresentando uma alta de 7% se comparado com 2013. Dentro deste cenário, a classe social mais endividada é a DE cujo bolso ficou negativo em -3% quando comparamos renda versus gastos.

Questionadas sobre os gastos dentro do lar, as famílias declararam que a prioridade é com alimentação dentro de casa, transporte, vestuário, saúde e habitação, em ordem de importância. Observou-se uma mudança nos gastos ao analisar o ano anterior, onde os maiores custos ficavam com habitação, alimentação dentro do lar, vestuário, alimentação e bebida fora do lar, e higiene pessoal. 

Com a inflação acelerada dos últimos anos, a alimentação fora do lar foi um dos gastos que mais pesou no bolso de todas as regiões do país, com um aumento de 12%. Com isso, cerca de um milhão de pessoas deixaram de fazer refeições fora do lar no último ano, desta forma os alimentos mais impactados foram as bebidas alcoólicas e não alcoólicas, os sanduíches e os cafezinhos durante o dia. E a classe DE foi a principal responsável pela queda, já que tem um maior comprometimento do bolso com bens de consumo não duráveis: 35% dos gastos. Enquanto isso, a classe C tem um comprometimento de 29% e a Classe AB é de apenas 19%, sobrando mais dinheiro para outros gastos.

Quando analisadas as regiões separadamente, foi possível perceber que cada local equilibra da melhor maneira os seus gastos. Porém, o bolso do carioca e do paulistano está cada vez mais comprometido. Os cariocas ganham mensalmente R$ 3.193 e se comprometem com um gasto médio de R$ 3.614, priorizando a alimentação dentro do lar, transporte, habitação, alimentação fora do lar e a saúde. Já os paulistas, gastam em média R$ 3.293, mas só ganham R$ 3.160. As principais prioridades de quem mora em São Paulo são com gastos em habitação, alimentação dentro do lar, transporte, vestuário e saúde.

As regiões Norte e Nordeste, Centro – Oeste, Leste e Interior do Rio de Janeiro, Sul e Interior de São Paulo estão com seus gastos equilibrados.

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