Paulistanos seguem endividados

No mês de maio, 57,1% das famílias paulistanas seguem endividadas, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, PEIC, aferida pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, FecomercioSP. O número de famílias com algum tipo de dívida apresentou estabilidade em relação ao mês anterior e se manteve no nível mais alto desde junho de 2006. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o nível de endividamento apresentou alta de 3,9 pontos porcentuais, passando de 53,2% para 57,1%. Em números absolutos, o total de famílias endividadas se manteve em 2,04 milhões no mês, sendo que em maio de 2012 esse número era de 1,9 milhão, apresentando alta, ano a ano, da ordem de 136 mil.
 
O endividamento é maior entre as famílias que ganham até dez salários mínimos com porcentual de 61,2% de endividados. Já nas famílias que ganham mais de dez salários mínimos o endividamento é de 45,1%. Em maio, as famílias com renda superior a dez salários mínimos apresentou queda de 4,5 p.p. em relação a abril. Enquanto que as famílias com renda inferior o endividamento apresentou alta de 1,6 p.p. no mesmo período.
 
De acordo com a FecomercioSP, a estabilidade apontada em maio demonstra que o consumidor continua tendo dificuldade de equacionar suas finanças e ainda recorre aos financiamentos para manter seu nível de consumo. Isso vem ocorrendo por causa do efeito inflacionário verificado nos últimos meses, principalmente, nos preços dos alimentos, o que vem impactando negativamente o comprometimento da renda das famílias paulistanas.
 
A PEIC apontou ainda, que o principal tipo de dívida continua sendo o cartão de crédito (73,3%), seguido por carnês (17,5%), financiamento de carro (16,7%), crédito pessoal (11,5%), financiamento de casa (7,8%), cheque especial (6%), e outros. Segundo a FecomercioSP, o alto nível de utilização do cartão de crédito se deve, principalmente, à expansão do consumo nas classes C, D e E. Os cartões são oferecidos até mesmo gratuitamente e sem que o consumidor tenha conta bancária, oferecendo adicionalmente o parcelamento das dívidas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima