O crediário é uma das formas de crédito mais antigas do País e é um aliado aos consumidores durante a crise. Tanto que nos primeiros meses de 2016, ante o mesmo período em 2015, houve um aumento de 49% na procura por essa modalidade na base da MultiCrédito. Com o aumento da restrição de crédito e a grande quantidade de consumidores desvinculados do sistema bancário, os lojistas buscaram essa opção de meio de pagamento.
Seguindo essa nova tendência do mercado, a empresa lançou a terceira edição do estudo “Perfil do Crediário no Brasil”, que é feito trimestralmente. De acordo com os dados, houve um aumento de 12,58% de consumidores que buscaram renegociações de seus débitos. E a maioria dos usuários da modalidade de pagamento foram as mulheres (76,6%). “A tendência para este ano é que o consumidor tenha menor capacidade de pagamento e o crediário é considerado uma ferramenta fundamental do varejo. Ele cobra juros menores se comparados aos dos bancos e oferece um consumidor menos inadimplente e endividado”, afirma Flávio Vaz Peralta, vice-presidente comercial da MultiCrédito.
Perfil da consumidora
A mulher que utiliza o meio de pagamento está na faixa etária de 21 a 30 anos, responsável por 24,56% do total de consumidores analisados. São solteiras, sem dependentes e 29,42% são funcionárias de empresa privada, seguidas por 27,07% autônomas. A média dos rendimentos delas fica entre um e dois salários mínimos. Dessas consumidoras, 25,47% são do estado de Minas Gerais, seguido por São Paulo (13,23%) e Pernambuco (10%).
Ainda de acordo com o estudo, as consumidoras que entraram em contato para renegociar os débitos – de R$ 50,01 a R$ 199,99 – tiveram como motivo o descontrole financeiro (33,23%). E maiores gastos para 27% das mulheres foram em roupas. A pesquisa analisou os hábitos de compras de 1.315 consumidores que procuraram o serviço de renegociação de dívidas entre os meses de março e maio de 2016.