Os postos de trabalho no setor de cobrança se mantiveram estáveis, em 2015, apesar da retração da economia, segundo dados monitorados pelo Instituto Geoc, que reúne 15 das principais empresas do setor. Em novembro 97.008 profissionais estavam empregados no setor, o número é 0,22% maior do que o mês anterior, ou seja, 211 novas vagas foram abertas. Em janeiro do ano passado eram 96.721 empregados.
O estado de São Paulo registrou 42.907 ocupações em novembro de 2015, contra 42.225 em janeiro, uma alta de 1,62% no período. No comparativo com outubro, houve uma leve retração, de 0,08%, com o fechamento de 35 postos de trabalho.
O presidente do Instituto Geoc, Jefferson Frauches Viana, afirma que 2015 foi extremamente desafiador, e as recuperadoras de crédito tiveram que buscar o equilíbrio necessário para atravessar as inúmeras turbulências e saírem ilesas. “A redução do poder financeiro do consumidor, oriunda da crise política e econômica, refletiu diretamente no índice de recuperação de ativos. Esse fato elevou a inadimplência no mercado, passando o devedor a escolher as prioridades para pagamento. Por outro lado, as instituições financeiras passaram também a reduzir a oferta de crédito, causando o encolhimento do produto de recuperação para as empresas que atuam neste mercado e, consequentemente, ocorreu a redução de faturamento”, analisa.
Todas as associadas do IGeoc sofreram com a paralisação da oferta de crédito no mercado e com o aumento da carga tributária no setor trabalhista, de telefonia e tecnologia. A queda no faturamento foi inevitável. As empresas estão revendo o planejamento para 2016 e criando novas estratégias para vencer a crise.
Para o futuro, Viana é otimista. “É na adversidade que temos oportunidades de analisar e reestruturar processos internos, sempre visando a manutenção da qualidade de serviço oferecida ao consumidor e a satisfação dos nossos contratantes. Vamos continuar agindo de forma pontual e assertiva para voltarmos a crescer num futuro próximo”, conclui.