Por se tratarem de empresas menores, e muitas vezes com menos estruturação em fluxo de caixa, as pequenas e médias estão mais suscetíveis ao endividamento. Uma empresa de médio e pequeno porte normalmente trabalha no limite, segundo Flávio Peralta, vice-presidente da Multicrédito. “Ela precisa ter uma venda saudável para poder comprar, vender, obter o lucro. É uma relação muito ajustada. Em momentos que você tem aumento de inadimplência, ou que você tem queda nas vendas, você então prejudica a saúde financeira naquela empresa e ela então pode se tornar mais ou menos inadimplente”, explica.
Para evitar o cenário de inadimplência, o VP afirma que o pequeno e médio empresário precisa investir em componentes de crédito que possam o ajudar. “Uma orientação a ser dada para o pequeno e médio empresário, é que ele precisa encontrar empresas que ajudem ele a fazer o que ele sozinho não consegue. O pequeno e médio empresário está em um estágio na vida da empresa dele em que ele faz um pouco de cada coisa. É saudável que ele tenha alguma ajuda”, afirma.
Segundo Peralta, o mercado de crédito (financeiras e bancos) está mais restritivo, o que reflete diretamente no comportamento dos pequenos e médios empresários, que enfrentam um dilema também na hora de conceder crédito aos seus clientes. “Se o empresário for restritivo sem qualidade, ele vai perder vendas boas. Se ele não tiver critério na aprovação, vai vender mais, porque precisa aumentar a venda, o que resultará em um problema de inadimplência. Por isso, a tendência é que o pequeno empresariado fique mais restritivo, pela insegurança que ele tem, caso não tiver nenhum tipo de sistema de apoio, plataforma de crédito de apoio, ele tende a ser mais restritivo”, comenta.