Os clientes que têm dívidas em atraso, muitas vezes, estão passando por um momento difícil em suas vidas. Seja por desemprego ou descontrole financeiro, ter pendências nunca é algo agradável. Imagina, então, ter que lidar com o seu telefone tocando, o tempo todo, sem identificação e se tratar de uma cobrança abusiva? Essa é uma situação pela qual nenhum devedor quer passar. Felizmente, hoje, a maioria das empresas do setor de cobrança entende isso. De acordo com Eric Garmes, vice-presidente da Paschoalotto, uma ligação anônima não transmite credibilidade alguma para o consumidor. “Já foi se o tempo em que uma empresa de cobrança somente incomodava o cliente, hoje ela é também vista como uma solução. São várias as manifestações do cliente por uma negociação bem feita, respeitosa. Acredito que a transparência numa negociação é um pilar básico para uma recuperação de crédito bem sucedida, a começar pela identificação da ligação”, afirma.
Ainda assim, Garmes afirma que, se aprovado, o Projeto de Lei pode ter impacto positivo no mercado e, por isso, a Paschoalotto se posiciona a favor do PL que exige que todas as empresas sejam mais transparentes com os clientes. “A empresa deve agir sempre com transparência, identificando seu tronco, seu número, para que o devedor possa atender sabendo quem está do outro lado ou até mesmo para um retorno posterior. A transparência só aumenta a credibilidade no nosso segmento, além de ser um dos pilares da governança corporativa”, explica.
Claro que, por outro lado, se aprovada, a lei por ter uma desvantagem, já que alguns devedores usarão dela para se esquivar de dívidas, no entanto, segundo Garmes, não é nada que possa prejudicar de forma significativa o mercado. “Para isso existem os mecanismos judiciais para a recuperação de crédito. De qualquer forma, não podemos formar opiniões pela minoria, o correto é sempre identificar-se”, reafirma.
