Ufa… que venha 2015!

O ano de 2014 trouxe certa “preocupação” para os empresários da indústria de crédito e cobrança. Isso porque, com a Copa do Mundo e as Eleições, o setor se deparou com algumas incertezas ao longo do caminho… Mas enfim, 2014 chegou ao fim. E, apesar das dificuldades, o mercado também enxerga motivos para comemorar. Para Célio Lopes, consultor de serviços financeiros, apesar dos acontecimentos atípicos, esse ano pode ser considerado muito melhor do que anteriores, principalmente, porque os consumidores se mostraram mais cautelosos, o que trouxe estabilidade para a inadimplência e o crédito foi concedido com mais tranquilidade. “A recuperação de crédito foi muito melhor que 2013. Os consumidores reduziram seus gastos com financiamento e a remuneração média continuou crescendo acima da inflação, facilitando o pagamento das dívidas. A redução do apetite das instituições financeiras na concessão de crédito ajudou nessa condição”, comenta.

Quem também compartilha da opinião é Gabriela Sterenberg Szuster, gerente de marketing da BMW Serviços Financeiros, que afirma ter visto um crescimento positivo no que diz respeito ao mercado automotivo de luxo. “Notamos um aumento na oferta de crédito para o mercado automotivo premium, principalmente por meio de novos planos de financiamento e produtos financeiros customizados e diferenciados”, diz. Além disso, apesar do aumento de concessão, a empresa não teve aumento da inadimplência. “Não registramos um aumento proporcional na cobrança, o que mostra um amadurecimento do consumidor, que está conseguindo administrar melhor o seu orçamento”, comenta.

Ainda assim, o ano exigiu muito mais das empresas, que tiveram que trabalhar ainda mais para evitar qualquer impacto negativo. A presidente da Sigma, Consuelo Amorim, afirmou que devido o ano atribulado, a empresa buscou conquistar novos grandes clientes contratantes, além de sedimentar o bom atendimento aos clientes conquistados no ano anterior. “Conquistamos novos clientes cada vez mais preocupados com suas carteiras e com negociações adequadas aos diferentes momentos dos clientes em geral e também notamos maior atenção com a qualidade de condições de trabalho que está sendo oferecido aos nossos funcionários para evitar veiculações negativas envolvendo o nome de suas empresas”, explica.

Além da superação em um cenário de incertezas, Diógenes Barbosa, diretor executivo da Safemoney Consulting comenta sobre o importante passo que as empresas do setor deram no investimento em tecnologia e como isso é importante. “Esse ano em nosso mercado foi introduzido o conceito de big data nas ferramentas e banco de dados esse ano, ou seja, trabalharemos com essa inteligência para conhecer melhor o perfil dos devedores. Cada vez mais as empresas de cobrança estão trabalhando no sentido de conhecer o perfil dos devedores e se adequando tanto na abordagem quanto nos meios mais eficazes de comunicação”, afirma. O executivo comemora também as conquistas do ano e diz que, apesar da desaceleração da economia no país, 2014 foi um ano muito positivo para a empresa. “A Safemoney em 2014, conforme nosso planejamento estratégico conseguiu finalizar a estratégia em atuar regionalmente na América Latina e firmamos uma parceria com a principal empresa de software na área de cobrança no mundo”, destaca.

Já para Edemilson Koji Motoda, diretor do Grupo KSL, 2014 foi um ano de engajamento junto aos colaboradores, já que a empresa entende a necessidade do amadurecimento de seus funcionários. “Investimos no desenvolvimento de nossos profissionais com campanhas, treinamentos e coaching especializado, além de novas tecnologias para auxiliá-los ainda mais no dia a dia, proporcionando resultados com melhor qualidade”, afirma.