Você está… admitido!

Foi-se o tempo em que os funcionários almejavam passar anos dentro da mesma empresa. Principalmente no que diz respeito às gerações mais jovens, que já entram em um emprego planejando o próximo. Isso faz com que as empresas tenham que tomar uma decisão: ou gastam tempo e dinheiro em processos seletivos, admissões e demissões; ou são mais criteriosos em suas contratações e investem no desenvolvimento pessoal do colaborador, engajando-o pelo crescimento. A coordenadora de recursos humanos da Intervalor, Laisa Alves Pinto, garante que a segunda opção é a ideal. “As melhores contratações serão aproveitadas pela empresa se essa seguir com um programa intenso de desenvolvimento humano. Com políticas claras de promoção, vertical ou horizontal, permeadas por avaliações de competências em concordância com as metas estipuladas.”
Para Ana Claudia Witch, gerente da Randstad, a empresa que está disposta a dar a primeira chance e investir nesse profissional pode agregar um imenso valor. Ela explica que um erro comum, principalmente em empresas de cobrança, é solicitar profissionais com experiência na área, arranjando dificuldade para si e para quem busca um emprego, já que é crescente o número de pessoas que não querem em trabalhar em áreas que envolvam contato telefônico. “Entendo que as empresas querem profissionais prontos, mas também não aproveitam a oportunidade de desenvolvê-los”, comenta a gerente, citando os benefícios da combinação entre uma boa escolha e o investimento no colaborador: “menor turnover, maior aproveitamento dos profissionais do contact center para outras áreas, melhora na performance do indicadores da central de atendimento, entre outros”.
Algumas empresas, como a R Brasil Soluções, possuem definido o perfil do colaborador a ser contratado em sua política interna de processo seletivo, a qual é apresentada ao candidato no momento da avaliação individual, mensurando as competências, conhecimento, habilidades e atitudes, conta Claudia Modenezi, gerente de recursos humanos da empresa. Ela garante que está transparência garante maior assertividade na hora de decidir entre um candidato e outro, frisando que “contratar o profissional certo para a função é um fator crítico de sucesso para qualquer organização”.
Quem está procurando também precisa ter bem definido o que busca, segundo Luciana Tegon, sócia diretora da Consultants by Tegon, de forma a não inserir alguém muito diferente da equipe e dos valores da empresa. “Se for para vendas e cobrança, deve ser alguém que lide bem com a resistência das pessoas, motivando-o por comissionamento e metas. Se estivermos falando de alguém para suporte ou atendimento ao cliente, estamos buscando uma pessoa paciente, que tenha a habilidade de comunicar-se mesmo em situações de stress, alguém que goste realmente de atender o público”, explica. Esses cuidados garantem colaboradores mais produtivos, pois gostam do que estão fazendo, do ambiente e das pessoas, e, consequentemente, geram receita para a empresa, além de manter uma boa imagem.

O que é mais importante para ser assertivo no processo de contratação? Deixe a sua opinião na enquete do Portal Crédito e Cobrança.

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