Healthtech espera criar um novo padrão de excelência na experiência do paciente e na eficiência operacional de operadoras e hospitais, além de atingir a marca de 10 milhões de usuários
A Nilo, healthtech que oferece uma plataforma automatizada de captação, engajamento e navegação digital de pacientes, anunciou a implementação de inteligência artificial generativa em sua plataforma. “O objetivo é ajudar as instituições de saúde a alcançarem novos patamares de eficiência operacional, reduzindo custos e ampliando o acesso a cuidados médicos”, explicou Isadora Kimura, CEO da Nilo.
De acordo com a executiva, o lançamento foi baseado em três pilares. O primeiro é a automação de tarefas repetitivas, como: agendamentos, triagens e respostas a questões administrativas, que serão realizadas pela agente virtual Clara, permitindo que as equipes de cuidado e navegação se concentrem em oferecer uma melhor experiência ao paciente e ampliem a sua capacidade de atendimento. Uma suíte de novos agentes também está disponível para contratação pela plataforma, solucionando dores como captação de pacientes para linhas de cuidado.
O segundo é a potencialização do volume de dados capturados por meio da transformação de dados não estruturados – como áudios, imagens de resultados de exames e mensagens do WhatsApp – em informações estruturadas e acionáveis para os times de saúde. “Por fim, o terceiro pilar é a geração de insights que encontram os pacientes certos, visto que a IA permitirá a interpretação rápida deste maior volume de informações, conectando-as com a qualificação de pacientes dentro da plataforma, o que auxilia a tomada de decisões clínicas, otimiza recursos e reduz desperdícios em escala”, assegurou Kimura.
Segundo ela, a tecnologia da IA generativa, que já está sendo usada por clientes da healthtech, será um suporte essencial para que as instituições e os profissionais de saúde possam focar no atendimento aos pacientes, sem o peso da burocracia. “Um enfermeiro gasta até 30% do seu tempo com papelada. Com a Clara, ele poderá focar no que realmente importa: o paciente.”
A meta é que, até o final de 2025, a Nilo cresça 3 vezes em receita, mirando o breakeven. A startup também busca alcançar 10 milhões de pacientes em sua base. “Hoje temos 2,8 milhões e estamos deixando de ser uma empresa de Software as a Service e nos tornando uma empresa Service as a Software. Nosso foco é trazer cada vez mais inteligência e automação para ajudar operadoras e hospitais a solucionar gargalos e conectar toda a jornada do paciente, reduzindo custos operacionais, melhorando a individualização do cuidado e aumentando engajamento em linhas de cuidado apropriadas. Mais pacientes com cuidado pertinente, instituições com melhores resultados financeiros. Somando nosso conhecimento da operação com a novidade de funcionalidades e agentes que usam IA generativa, essas dores podem ser sanadas de uma forma mais rápida e completa”.
Essa adoção surge em um momento de inflexão no setor, onde a tecnologia atingiu um patamar de maturidade e custo que permite aplicações práticas e seguras na saúde. “Em 2022, o mundo viu a IA generativa explodir, após a democratização de modelos conversacionais, como o ChatGPT. Desde então, o número de artigos científicos e produtos de IA em saúde cresceu mais de 500%. Em 2025, essa revolução chegará a hospitais e clínicas de todos os portes, e a Nilo está à frente dessa mudança, por já estar consolidada como uma plataforma conversacional de relacionamento com pacientes”, ressaltou Isadora.
O custo reduzido é um dos trunfos da iniciativa. Há cinco anos, um projeto assim exigiria investimentos milionários. Agora, a Nilo consegue oferecer a mesma tecnologia por valores acessíveis e sem a necessidade de contratar grandes equipes atuando na gestão da plataforma. “Queremos que um hospital no interior do Brasil tenha a mesma eficiência que um grande centro em São Paulo. Em 2025, IA não será luxo, mas uma necessidade para lidarmos com ineficiências operacionais e gaps de dados. Estamos construindo um futuro onde tecnologia é usada para uma maior humanização”, finalizou a CEO.