Aluísio Cirino, CEO e fundador da Alloyal

O uso de programas internos para engajar colaboradores e reduzir o turnover

Quando o reconhecimento está alinhado à cultura e à performance, ele deixa de ser um custo e passa a ser um investimento

Autor: Aluísio Cirino

Nos últimos anos, testemunhei uma mudança significativa na forma como empresas lidam com benefícios corporativos. Eles deixaram de ser apenas um complemento ao salário para se tornarem uma ferramenta estratégica de engajamento, cultura e performance. Hoje, cada vez mais empresas estão adotando o que chamo de “benefícios como moeda interna”, um modelo que recompensa o colaborador não só pelo desempenho, mas também pelo alinhamento com os valores e a cultura da organização.

Esse movimento vai além do tradicional “bônus por meta batida”. Estamos falando de sistemas personalizados de acúmulo de pontos, que valorizam comportamentos do dia a dia, como participação em ações de cultura, contribuição em projetos internos, apoio a colegas e até envolvimento em campanhas de endomarketing. Esses pontos podem ser trocados por recompensas que fazem sentido para cada pessoa: de experiências e produtos a benefícios personalizados.

Na prática, é como criar um programa de fidelidade interno, e o impacto disso na cultura organizacional é poderoso. O colaborador passa a se ver como parte ativa da construção do ambiente em que trabalha. Há um senso de pertencimento mais forte, um reconhecimento contínuo e uma conexão mais genuína com os valores da empresa.

Em projetos que acompanhei de perto, esse modelo gerou três resultados muito claros: aumento do engajamento, melhora na performance e redução do turnover. O mais interessante é que não se trata apenas de “gamificar” o ambiente de trabalho. É sobre reconhecer de forma concreta e constante o valor que as pessoas entregam no dia a dia, muito além das grandes metas.

Por isso, é possível, e necessário, tornar o RH mais estratégico. Isso passa por criar experiências reais para os colaboradores, que vejam no ambiente de trabalho um espaço de crescimento, reconhecimento e propósito. E, quando o reconhecimento está alinhado à cultura e à performance, ele deixa de ser um custo e passa a ser um investimento. Um investimento que fideliza talentos, cria ambientes mais saudáveis e prepara as empresas para um futuro mais humano e conectado com suas pessoas.

Aluísio Cirino é CEO e fundador da Alloyal.

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