Vitor Roma, CEO da Keeggo

Performance em produtos digitais: por que ela importa na nova era?

Um produto com alta performance, do ponto de vista do usuário, é aquele que é rápido e responsivo

Autor: Vitor Roma

A transformação digital já não é mais novidade. Segundo a McKinsey, 92% das empresas globais já passaram por alguma etapa desse processo. O mercado, agora, exige mais do que apenas a digitalização. Em 2023, os gastos globais com TI ultrapassaram US$4,5 trilhões, com 80% desse investimento direcionado à otimização da performance, conforme dados da Gartner. A mudança de foco é clara: não basta ser digitalizado, é preciso ser eficiente e gerar resultados concretos.

Vivemos uma fase de ruptura, onde o foco deixa de ser a simples adoção de tecnologia e passa a ser a Performance dos Produtos Digitais (PPD). Isso envolve uma execução refinada, equilibrando custo, risco e time to market, com foco na experiência do usuário, o índice que realmente importa.

Um Produto Digital é qualquer sistema ou aplicativo móvel criado, implantado ou mantido por uma empresa, que entrega valor aos usuários internos ou externos através de uma interface digital ou eletrônica.

Um produto com alta performance, do ponto de vista do usuário, é aquele que é rápido e responsivo. As ações do usuário são processadas rapidamente, com feedback visual imediato e sem atrasos perceptíveis.

O item funciona sem falhas inesperadas, erros frequentes, travamentos ou perda de dados, permitindo que o usuário realize suas tarefas com o mínimo de esforço, tempo e cliques (ou toques).

A sua facilidade no aprendizado, advém de uma interface intuitiva e um design que facilita a interação do cliente final.  Ao reunir essas características, a ferramenta entrega uma experiência de alto nível para os usuários.

A PPD vai muito além da velocidade. Envolve estabilidade, escalabilidade, segurança, eficiência no uso de recursos e capacidade de resposta. Produtos com boa performance reduzem o churn (métrica que indica a porcentagem de clientes que deixam a sua empresa em um período), aumentam o tempo de permanência do usuário e fortalecem o valor percebido.

Apps que demoram a carregar perdem usuários em segundos. A baixa performance impacta diretamente a adoção e o engajamento. Um e-commerce lento pode resultar em carrinhos abandonados e perda de vendas.

Estamos saindo de um período de descentralização de iniciativas de desenvolvimento de produtos digitais, com aumento da inovação e da criação de ideias e novos negócios. Hoje, a busca incessante pelo ouro da transformação digital nos levou a um momento de intensa transformação. Inúmeras iniciativas desacopladas consumindo recursos, de infra a desenvolvimento, sem gerar percepção clara de valor. O produto que não performar, vai morrer.

A evolução do mercado é implacável, e a capacidade de adaptação é crucial para a sobrevivência. A transformação digital não é mais o objetivo final, mas sim a base para alcançar performance. Ao focarmos na performance digital, garantimos que nossas ações geram resultados reais, entregam valor contínuo aos usuários e, principalmente, impulsionam a competitividade no mercado. O futuro é de quem performa. Bem-vindos à nova era da Performance Digital.

Vitor Roma é CEO da Keeggo.

Deixe um comentário

Rolar para cima