Não há mais espaço para zonas cinzentas na contratação ou gestão de serviços de internet
Autor: Raphael Theodoro
Um dos setores mais importantes e de franco crescimento. Essas podem ser as definições do segmento de telecomunicações. Por meio da expansão do 5G, aplicações de IoT, banda larga, entre outras questões, há um forte potencial para o setor. Para se ter uma ideia, de acordo com dados do Mordor Intelligence, o tamanho do mercado de telecom no país era estimado em USD 32.13 bilhões, em 2024, e deve atingir USD 43.34 bilhões em 2029, crescendo a um CAGR de 6.17% durante o período de previsão.
Além disso, segundo o relatório da GSMA, o Brasil é o primeiro país que deve ter mais de US$ 218 milhões em conexões de smartphones em 2025. Espera-se que a demanda pela implantação de redes 5G cresça significativamente com a crescente adoção de conexões de smartphones. Outro ponto interessante é que os clientes 3G e 4G estão migrando lentamente para a rede 5G, que está em alta no país devido à expansão de novas redes e a expansão do ecossistema de dispositivos.
Diante desse cenário, a transparência não é apenas um diferencial competitivo. Ela passa a ser encarada como uma exigência para garantir entregas eficientes, escalabilidade e confiança entre as empresas. Quando falamos sobre a implementação de serviços de conectividade e internet, especialmente no modelo B2B (que já é impactado por tantas burocracias, contratos e letras miúdas), é justamente a clareza na comunicação, nos prazos, nos custos e nas responsabilidades que permite a fluidez das operações e o fortalecimento da cadeia de valor.
Quando olhamos para o nosso território, vemos que estamos tratando de um país de dimensões continentais, portanto o desafio de conectar empresas em diferentes regiões, muitas vezes com infraestruturas limitadas e levando em conta questões específicas de culturas locais, o desafio é ainda maior e exige mais do que capacidade técnica.
O que tem transformado o setor como um todo e proporcionado cada vez mais transparência é justamente a digitalização do setor, que possibilitou a criação de novos modelos de negócio, como os marketplaces B2B especializados em telecomunicações. Essas plataformas operam como pontes entre contratantes e provedores, promovendo mais agilidade, competitividade e, principalmente, visibilidade em todas as etapas da contratação e implementação.
Por meio desses novos modelos, há clareza sobre prazos, SLAs, escopo técnico e valores, tornando todo o processo mais previsível e menos sujeito a ruídos ou frustrações. Além disso, outro ponto alto e diferencial dessas plataformas é a centralização das informações em uma única interface, permitindo que todas as partes envolvidas tomem decisões baseadas em dados reais.
Não importa exatamente qual é o segmento de atuação, não há mais espaço para zonas cinzentas na contratação ou gestão de serviços de internet. Isso porque a falta de transparência gera falta de clareza, retrabalho, desperdício de recursos e perda de oportunidades (algo que empresário nenhum pode admitir).
Portanto, finalizo ressaltando que investir em transparência não é apenas uma escolha ética. Ela passou a se tornar um caminho estratégico de eficiência e crescimento. No B2B, onde a reputação se constrói com base em entregas concretas, a confiança se torna uma das maiores aliadas para alcançar uma vantagem competitiva.
Raphael Theodoro é CEO da Bid Broker.
