André Maranhão, head de pós-vendas da Omoda & Jaecoo Brasil

A estratégia de diferenciação para conquistar o consumidor na indústria automotiva

Head de pós-vendas da Omoda & Jaecoo Brasil fala sobre cultura de customer centric da marca chinesa recém-chegada ao Brasil

A aceitação atual da eletrificação dos veículos pelos brasileiros abriu caminho para a entrada de várias marcas chinesas no País. Exemplo disso são os bons resultados alcançados pela Omoda & Jaecoo, marca do Grupo Cherry, em menos de seis meses de importação para o Brasil. Detalhando as estratégias que tem permitido esse sucesso inicial, que inclui total centralidade no cliente, performance tecnológica e política de precificação, André Maranhão, head de pós-vendas da Omoda & Jaecoo Brasil, participou, hoje (18), da 1181ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Com uma carreira de mais de 20 anos na indústria automotiva, sendo os dois últimos em marcas chinesas, na área de experiência do cliente, o executivo iniciou afirmando que a indústria automotiva brasileira é formada por empresas bem tradicionais, sem apresentar muitas inovações nos últimos anos. “Com a intensificação do contato entre os fabricantes e os consumidores, principalmente por meio das mídias sociais, percebeu-se a necessidade de mudanças drásticas na forma de comunicação com o cliente.”

Em cima disso, traçando aspectos da história recente, ele afirmou que, na década de 1990, o Brasil possuía quatro grandes montadoras, quando começaram a chegar marcas asiáticas e ocidentais, ampliando o leque de ofertas de veículos, sendo que, na década seguinte, houve uma primeira tentativa, mal-sucedida, da entrada de fabricantes chinesas nessa concorrência. Entretanto, na sua concepção, a partir da década de 2020, o jogo mudou. “As marcas chinesas vieram com uma nova estratégia, especialmente trazendo tecnologias inovadoras em eletrificação e inteligência artificial.” Outro fator relevante, ressaltado por André, é a exploração pelas marcas chinesas na faixa de preços que vai de R$ 150 mil aos R$ 300 mil.

De acordo com André, a Omodo & Jaecoo está aderente à entrada e preferências das novas gerações nesse mercado e já tem percebido, em menos de seis meses presente no País, uma aceitação muito forte dos produtos oferecidos. Inclusive, tem planos de iniciar a produção local nos próximos anos, criando um ecossistema que integre carro com serviços de mobilidade, se posicionando de forma segmentada para evitar a sobreposição de produtos. “O principal é o nosso posicionamento de foco total no cliente, até para evitar erros do passado, pois de nada adianta ter produtos de qualidade, estratégia de preço adequada e um portfólio abrangente, se quando o cliente precisa de ajuda não consegue um ótimo atendimento. O que afetará a reputação da marca, principalmente com a força das mídias sociais hoje em dia.”

Ele ainda falou sobre a competitividade que vai sendo conquistada, graças ao tripé formado pela performance tecnológica, os preços praticados e os serviços de pós-venda, além de destacar as práticas que estão sendo tomadas nesse sentido, como a parceria estabelecida com Allianz Partners, entre outros assuntos. O vídeo está disponível, na íntegra, no nosso canal do YouTube, o ClienteSA Play, junto com às outras 1180 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 3,8 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever.

A Série Lives – Entrevista ClienteSA terá sequência amanhã (18), com a presença de Guilherme Wroclawski, CEO e cofundador da Hero Seguros, que abordará a personalização no digital para encantar em nichos estratégicos; na quarta, será a vez de Fernanda Lopes, partnerships manager da Promova; na quinta, Márcio Castro, CIO da Panasonic Latin America e diretor de operações Brasil; e, encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema “Cliente global: Qual é a bola da vez nas relações de consumo?”, reunindo Camila Ferreira, CEO e fundadora da Rise UP, Maria Carolina Rodrigues, especialista em consumer insights, e Ladislau Batalha, CEO do LAB Experience e do ICXI.

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