Nas últimas semanas, a NRF Big Show foi realizada pela primeira vez, em formato virtual e milhares de pessoas no mundo puderam trocar ideias e ter novos insights para o setor varejista nos próximos anos.
Na visão de Juliana Milton, Head of Sales, Marketing and Strategic Partnerships na Propz, de certa forma, o evento reforçou pontos as tendências para este ano, como a digitalização dos negócios, a agilidade na transformação, as mudanças nos meios de pagamento, o avanço do e-commerce e a necessidade de entregar experiências cada vez melhores. Pensando nisso e analisando tudo o que foi compartilhado durante a ocasião, ela listou cinco insights importantes que devem ser aplicadas em seu negócio:
• O fim das fronteiras entre canais —
Durante a pandemia, os negócios que se destacaram foram aqueles que conseguiram entender as necessidades dos consumidores e consequentemente atendê-los de forma personalizada. Por isso, a receita do sucesso durante esse período de crise é derrubar as barreiras entre digital e físico, em todas as áreas e enxergar cada cliente como sendo único e coletar as suas informações, sem barreiras
• O fim das fronteiras entre varejo e indústria —
O varejo D2C (direct-to-customer) foi citado em inúmeros painéis da NRF 2021 – Chapter One. O crescimento de marcas nativas digitais, que criam seus próprios canais de venda é um sinal de uma transformação muito maior em toda a entrega de produtos. Para a indústria, sempre foi muito difícil ter granularidade e atingir os consumidores individuais. Faltava conhecimento e capacidade de distribuição. Mas, com o e-commerce e a digitalização dos negócios, as barreiras são menores, já que ele faz com que o setor crie meios de contato direto com o cliente. Mesmo que isso precise de uma série de novas habilidades, como o investimento em mídias cada vez mais segmentadas e uma cultura de análise de dados. O varejo ao redor do mundo, porém, não está parado: um dos movimentos mais importantes das redes americanas durante a pandemia foi a expansão da oferta de marcas próprias. Nesse caso, os produtos são desenvolvidos com base na demanda dos clientes e isso pode ser feito a partir do uso dos dados que analisam o hábito de consumo deles.
• Automação que se acelera —
A pandemia forçou o distanciamento social e estimulou a automação de atividades em todas as áreas. Mas, com a evolução tecnológica vem muita novidade. Com o amadurecimento da Internet das Coisas (IoT) e o 5G, será possível criar aplicações que informam o varejista sobre o vencimento dos produtos, de forma automática e disparam promoções omnichannel.
• O que o cliente quiser, agora! —
Um estudo da Euromonitor, líder em pesquisa estratégica para o mercado de consumo, divulgado no evento mostrou que, para 83% dos consumidores, uma experiência diferenciada é mais importante do que há cinco anos. Isso significa que o público está cada vez mais exigente e a personalização é um fator primordial na decisão de compra. Ou seja, um algoritmo capaz de entregar sugestões customizadas de compra aumenta a conversão, e ao mesmo tempo rastreia o cliente em todos os pontos de contato, isso faz com que ele sinta conhecido pelo lojista.
• Repense a arquitetura dos negócios —
Toda interação digital gera dados que podem ser utilizados de forma estratégica. Empresas estão usando os meios digitais para aumentar sua conexão e, para isso, estão repensando sua arquitetura de TI. Ao utilizar soluções de Analytics e cloud, é possível adaptar o negócio às demandas dos clientes de forma rápida. Além disso, é possível conectar várias fontes em um único lugar, com rapidez para incorporar novas informações e dar o peso correto a cada uma. Em um momento como a pandemia, em que os padrões de comportamento mudaram radicalmente, se reinventar é fundamental.