Andre Cruz, fundador e CEO da Neura

Brasileiros apostam em alimentação, exercícios e saúde mental para viver melhor

De acordo com estudo da consultoria Neura, o setor de cosméticos e o ramo financeiro são os que possuem mais confiança no auxílio da qualidade de vida

Dentre as principais ações adotadas pelos brasileiros para viver mais e melhor, destacam-se alimentação equilibrada, exercícios físicos e investimento na saúde mental, com 71% deles praticando pelo menos uma das citadas. Além disso, outras mencionadas foram: ter um propósito de vida, dormir bem e não fumar. As constatações fazem parte da pesquisa “A permanência da impermanência”, realizada pela Neura, consultoria de estudos comportamentais. 

Ainda segundo o estudo, os entrevistados acreditam que a indústria de alimentos é a que mais pode ajudar no ramo, seguida das seguradoras de saúde, setor financeiro e farmacêutico. Mas, apesar da posição de destaque, apenas 37% dos brasileiros confia no ramo alimentício para auxiliá-los na jornada de impermanência. O de cosméticos conta com 67% de confiança. Já o financeiro, 45%. 

“A impermanência é a interação com o tempo e o reconhecimento de que mudanças são necessárias para o crescimento. Enquanto o envelhecimento é uma visão linear e fatalista, a impermanência oferece perspectiva mais flexível e adaptativa à vida. É preciso levar em conta as vivências pessoais, histórico sociocultural e a jornada de cada um para tangibilizar as verdadeiras necessidades e anseios”, analisou Andre Cruz, CEO e fundador da Neura. 

De acordo com o levantamento, 80% dos entrevistados acreditam ser possível se preparar para envelhecer mais e melhor, mas apenas 4% das pessoas relatam que sempre se planejaram para isso, enquanto 9% mudaram hábitos recentemente.

De acordo com o levantamento, para contribuir com uma realidade mais impermanente e aumentar a credibilidade com a população, as marcas, pessoas e negócios devem estar alinhados com propósitos do conceito e serem autênticos em seus posicionamentos. Atitudes como contribuir para a descolonização do tempo, pensar além da idade cronológica e fortalecer a pró-idade são algumas das citadas pelo estudo. Além disso, auxiliar no controle da bioansiedade e na construção de sociedade intergeracional também são ótimas opções para se alinhar à impermanência.

“Muito embora as pessoas queiram viver mais, a percepção muda quando existe a perda de qualidade. 64% dos respondentes preferem viver menos, mas com maior qualidade. E é exatamente nisso que os negócios devem pensar”, finalizou Cruz.

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