Autor: José Teofilo Neto
– E então como estão as coisas em sua empresa?
– Com esta crise, estamos nos segurando, sabe como é.
– Os negócios caíram muito?
– Coisa de uns 20%.
– Comparado com que período?
-Com o pico das vendas, ocorrido em Junho do ano passado.
– Ah, sei.
– Paramos todos os planos, desde a contratação, passando por treinamento, até os investimentos em equipamentos. Também foram cortados os bônus e qualquer tipo de premiação. Estamos quietinhos, esperando a crise passar…
– Ah, sei. Na época de Junho, qual a porcentagem de clientes inativos?
– Sempre dentro do valor histórico de 65%.
-Ah, sei. E a taxa de conversão de pedidos em vendas?
– Sabe como é a oscilação do dólar sempre de mau humor, o preço do barril de petróleo que vem caindo, mas pode subir de uma hora para outra, a ameaça dos produtos importados da China que estão fazendo dumping, a falta de crédito, este negócio da queda do PIB em praticamente toda Europa… Bem, voltando à sua pergunta, a taxa de conversão sempre gira em torno de 40%, mas ainda somos líderes de mercado.
– Ah, sei. E tem gente que não vê, ou finge que não ouviu nada. Melhor assim, pois senão pessoal do sindicato…
Este diálogo é o que mais acontece nos tempos atuais. Mas tem gente que já percebeu a outra face desta crise e está avançando, reciclando o pessoal, melhorando as táticas e avançando sobre a concorrência. Agora é a hora da superação e quem reage antes encontra as melhores saídas!
Acordem e progresso, como já dizia o Carlito Maia.
José Teofilo Neto é educador e consultor corporativo. ([email protected])