A empresa é admirada pelos funcionários?



Autor: Tatsumi Roberto Ebina

 

Ter o comprometimento da força de trabalho dentro das empresas pode ser uma árdua tarefa para gestores e executivos, principalmente aqueles que possuem diversas equipes para serem comandadas. Muitas vezes, quando algum setor da empresa consegue se destacar, um outro apresenta um rendimento aquém do esperado. Este desperdício de produção gera perda de tempo e retrabalho, dificultando, ainda mais, os negócios. Por quê isto ocorre? Qual é a sua causa raiz?

 

Recente pesquisa realizada pela KPMG, empresa de auditoria, consultoria financeira e tributária, sobre cultura de alta performance revela que falta alinhamento dos líderes em relação à estratégia das empresas. O levantamento, que foi feito durante o Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas (Conarh 2010) com mais de 170 executivos, revela que 91% dos líderes não agem, na maior parte do tempo, de acordo com a visão e com os valores da empresa.

 

É preciso reduzir os níveis hierárquicos ao mínimo possível (três ou no máximo quatro) dentro das empresas. É fundamental que todos atuem como um verdadeiro time dando autonomia de trabalho para as equipes. Os colaboradores se sentirão mais úteis, confiantes e orgulhosos de fazerem parte. Isso tornará a produção da empresa melhor e, em alguns casos até no curto prazo, uma economia poderá ser sentida também nos cofres das instituições.

 

A figura do líder – em vez de chefes – dentro das empresas consegue diminiuir bastante os problemas dos colaboradores. Muitos funcionários têm medo de expressar suas opiniões a seus superiores, em virtude da cultura do medo, rejeição a novas ideias, predominante na maioria das empresas, ou, então, ´queimar o seu filme´ diante do superior e ter algum problema no futuro. Isso atrapalha os negócios. É aqui que entra o líder como principal responsável por fazer que seus colaboradores se sintam orgulhosos das suas responsabilidades, assumam desafios e façam que a empresa seja motivo de admiração.

 

Ainda vivemos situações em que gestores ou executivos elegem um profissional pela contribuição (por vezes técnica que ele dá, pelo empenho que ele demonstra) e promove-o a lider de um determinado grupo de trabalho acreditando que está resolvendo um problema, mal percebendo que está criando outro dentro da empresa.

 

Porém, a arte de liderar uma equipe é muito mais complexa do que possa parecer. Desempenhar o papel de líder exige um profundo interesse em pessoas, é preciso gostar de gente. Quem assume o papel de gestão deve necessariamente aprender a liderar. Algumas técnicas poderão contribuir para garantir uma boa comunicação da equipe e um relacionamento interpessoal satisfatório, além de ajudar o escolhido a ser organizado e ter capacidade de planejar, porém, se ele não demonstrar legítimo interesse nas pessoas jamais será um líder. São as pessoas que fazem os números e o clima de uma organização acontecerem. Algumas vezes, tem-se a impressão que os gestores se esquecem desta máxima.

 

Tatsumi Roberto Ebina é o sócio-diretor e fundador da Muttare.

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