A hora e a vez do Compliance

Começou neste mês de janeiro, e segue até maio, a avaliação das organizações que se inscreveram para obtenção do selo do Pró-Ética. Resultado de uma parceria entre a CGU (Controladoria Geral da União) e o Instituto Ethos, a iniciativa visa certificar as empresas públicas e privadas que possuírem um consistente e eficaz programa para um ambiente mais íntegro, ético e transparente. O reconhecimento público com a premiação às organizações que lutam pela boa reputação corporativa será realizado em setembro. Popularizado com o nome de Compliance (adequação às regras e normas estabelecidas), esse programa que envolve processos, inteligência tecnológica e treinamento intensivo, auxilia as empresas, também, a responderem positivamente à Lei 12.846/2013, chamada de Lei Anticorrupção, complementada pela Portaria 909/2015, da CGU, definindo critérios para avaliação desses planos organizacionais de integridade.
Márcio Menezes, executivo da Metasix, empresa de tecnologia que vem ajudando organizações na implementação de Canais de Ouvidoria e Denúncias, destaca que “apesar da tecnologia ser o último degrau do processo de Compliance, um canal seguro de denúncias e ouvidoria será longevo no transcurso das relações internas e externas”. Ele entende que as empresas “devem pensar não só no arcabouço jurídico, mas também na disponibilização de canais tecnológicos. Estes podem garantir a transparência, sigilo, eventual anonimato e eficácia nas possíveis denúncias que venham a ser acolhidas pelo canal tecnológico, seja pelo portal web, aplicativo mobile, chat, CRM, etc.”.
Por sua vez, Cleiton Jorge, diretor técnico da Metasix, destaca a importância de uma fase preliminar no incremento ou escolha do melhor canal tecnológico a ser disponibilizado. “É preciso, diz ele, respeitar as regras de Compliance e a cultura organizacional, a fim de garantir o melhor registro da denúncia, follow up e o respectivo sigilo.” O diretor da Metasix entende também que “o colaborador externo ou interno deve estar completamente seguro no registro de sua denúncia, relatos ou evidências de circunstâncias de violação ao código de ética ou à Lei Anticorrupção”. Finalizando, Márcio Menezes opina que a utilização de canal seguro de registro de denúncias e ouvidoria é fundamental no ecossistema da obtenção do selo Pró-Ética. “Boa reputação para a marca e proteção para os colaboradores serão vistas como peças importantes na ratificação de boas práticas das empresas”, concluiu.

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