A crise econômica brasileira apresenta reflexos nas empresas, principalmente no que se refere à empregabilidade. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em setembro, a taxa de desemprego aumentou para 7,6%, da população economicamente ativa de seis grandes regiões metropolitanas do país. Neste cenário, os líderes que são assertivos se destacam nas companhias, segundo Vera Martins, professora do curso de Liderança Assertiva na Fundação Vanzolini. “Este perfil de profissional se sobressai porque tem autoconfiança, é mais corajoso, e acima de tudo, é um agente transformador, ou seja, tem como foco as soluções dos problemas e os resultados”, explica.
Outro aspecto revelado pela acadêmica é sobre a importância do líder assertivo para manter a equipe motivada e mais tranquila para trabalhar em ambientes nos quais prevalecem às preocupações com as demissões. “Os colaboradores precisam ser ouvidos e compreendidos. Portanto, um bom gestor é aquele que entende como ferramenta essencial ser ´escutativo´, exerce a assertividade emocional – escuta, entende, analisa e expressa as suas emoções com autocontrole e maturidade”, declara Vera.
Ela destaca também que a caraterística mais evidente de um líder assertivo é a proatividade. “Este gestor é protagonista que constrói a própria história, olha a vida de frente e busca soluções aos obstáculos que se apresentam. Quando tem um fracasso, prefere tirar aprendizados do erro e mudar seu comportamento para ser uma pessoa melhor. Normalmente, se expressa assim: ´Vamos procurar outras opções´; ´Eu escolho, eu prefiro´; ´O que vamos fazer para mudar o rumo da crise?´; ´Posso controlar meus sentimentos´”, destaca a acadêmica.
Já ao contrário deste profissional, o reativo permite que a circunstância ou o ambiente mostre como deve responder. “Ele é um coadjuvante, pessimista, sempre busca um culpado e usa a vitimização como desculpa pelos fracassos. Em geral, usa as expressões: ´Não há nada que eu possa fazer, a vida é assim´; ´Sou obrigado a fazer esse trabalho, pois não tenho outra opção a não ser obedecer´; ´As coisas estão cada vez piores´”, finaliza Vera Martins.