Até mais ou menos 30 anos atrás o conceito de inteligência tinha muito a ver com QI, o Quociente de Inteligência. Era considerada inteligente a pessoa de rápido de raciocínio, que aprendia sem estudar, que fazia cálculos complicados de cabeça, que lia com muita rapidez e nunca mais esquecia. Depois de décadas de pesquisas o conceito sobre inteligência foi muito ampliado. Segundo o consultor em gestão de pessoas Eduardo Ferraz, também é inteligente a pessoa com Quociente de Inteligência Emocional elevado. “São aquelas pessoas que têm jogo de cintura, que conseguem falar e ouvir equilibradamente, têm habilidade de se colocar no lugar do outro, posicionam-se onde rendem mais e, principalmente, sabem reconhecer seus erros e consertá-los.”
Mas o que é mais importante, ter um QI alto ou ter jogo de cintura? “Pessoas com altos QIs costumam ser pouco flexíveis, e têm problemas sérios na vida profissional, pois se adaptam a poucos tipos de emprego. Pessoas com alta inteligência emocional conhecem os próprios limites, inclusive os intelectuais, mas usam ao máximo os talentos que têm, e por isso normalmente são muito mais bem sucedidas que alguém que tenha apenas um alto QI”, explica Ferraz. Na prática, ser inteligente de verdade é usar ao máximo aquilo que você tem de melhor, segundo o consultor.