Absenteísmo: por que as pessoas faltam?




Por que índices tão elevados de absenteísmo? Este, sem dúvida é um assunto que atormenta diariamente a gestão de diversas empresas. Lembro-me de épocas onde um funcionário para se ausentar do trabalho, não sendo por razões de saúde, “ensaiava” uma semana para comunicar ao chefe e até gaguejava na hora.

Será que a resposta está no passado? Acredito que também está no passado, onde o ato de trabalhar era uma instituição respeitada por todos. O fato de ir ao trabalho todos os dias era motivo de orgulho. Existia uma cultura profissional muito forte, baseada no comprometimento e responsabilidade. Mas como em toda cultura, para perdurar precisa ser repassada de geração para geração. Hoje, a grande maioria da geração de profissionais são verdadeiras “figuras holográficas”, robóticas e de pouca sobrevida no mundo corporativo.

Junte-se à isto, um ambiente de trabalho competitivo, pressionador, regrado às vezes ao extremo e até surrealista, criado por outras pessoas detentoras de poder nas empresas.

Não existe um relacionamento de respeito pessoal e profissional. Existe sim, na maioria das vezes, uma tolerância de convívio. Há poucos exemplos de empresas que se preocupam com a qualidade de convivência com os funcionários.

Os atuais modelos de campanhas motivacionais, recheadas de bugigangas de incentivos, não resolvem este problema. O profissional hoje está muito mais critico em relação à empresa. Ele não quer ser tratado como um cãozinho amestrado, que ganha o biscoitinho após realizar a tarefa designada pelo seu treinador.

Por que as pessoas faltam? Porque falta objetividade, respeito e comprometimento, senso de prioridade por parte das pessoas e falta mais investimentos em projetos permanentes, voltados à qualidade de vida dos funcionários, por parte de algumas empresas.

José Ronaldo Figueiredo é supervisor de atendimento da TMS Call Center.

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