Ainda há poucas mulheres nos conselhos


As mulheres têm mais dificuldade de obter uma posição no conselho de administração das companhias brasileiras, aponta pesquisa do IBGC, Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. De acordo com os dados do “Relatório de Mulheres na Administração das Empresas Brasileiras Listadas – 2010 e 2011”, pessoas do sexo feminino ocupavam apenas 7,71% das posições efetivas no conselho das empresas, o que representa 2.647 posições nas 454 companhias sondadas em todo o Brasil.
 
No contexto mundial, o Brasil ainda fica em um patamar inferior quando comparado a países como Noruega, onde 39,5% das vagas nos conselhos são ocupadas por mulheres, de acordo com levantamento feito pela Catalyst,  fonte do estudo do IBGC. No país escandinavo ainda existe, desde 2003, uma lei que assegura que 40% das vagas nos conselhos de empresas públicas ou mistas sejam ocupadas por mulheres. Quando o assunto é ter ao menos uma  mulher ocupando um cargo no conselho, a Suécia tem 100% das empresas nesta situação, a Noruega possui a presença feminina de 96%, já o Brasil o mesmo índice é de 33%.
 
Para tentar contornar essa situação desigual entre homens e mulheres no campo profissional, há um projeto de lei da senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE) que prevê que as mulheres ocupem 40% dos cargos de conselho de empresas públicas ou de participação mista até 2022. “A entrada de mais mulheres no Conselho pode trazer novas idéias e mais debate, já que elas possuem uma perspectiva diferente da dos homens. Além disso, as mulheres já provaram que possuem talento e competência para o empreendedorismo, inclusive no conselho de empresas”, diz Miriam Macari, gerente do Easynvest, plataforma de negociações da Título Corretora, e que coordena um grupo de consultoras mulheres na empresa.

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