Em novembro de 2006, a Almaviva fez uma aposta no mercado brasileiro. O grupo italiano iniciou suas atividades no País com uma operação de televendas. Passado quase nove anos, o saldo é mais do que positivo, principalmente pelos resultados mais recentes da empresa. Com cerca 32 mil colaboradores, a Almaviva viu sua receita pular de R$ 300 milhões para R$ 700 milhões, nos últimos três anos. Não à toa, a operação brasileira tem sido vista com bons olhos. “É com grande satisfação que olhamos para a operação brasileira. Acreditamos sim que ainda há espaço para a Almaviva crescer”, declarou Francesco Renzetti, vice-presidente executivo da Almaviva do Brasil e diretor geral mundo do Grupo Almaviva, em entrevista exclusiva ao portal Callcenter. Tanto que a empresa projeta um importante crescimento da receita para esse ano. A expectativa é chegar perto de R$ 1 bilhão. “Por isso, dizemos que crescemos muito nos últimos anos, mas ainda não estamos cansados de crescer.”
O executivo contou também que a aposta da Almaviva para manter o crescimento continuará sendo nos fatores que a ajudaram a chegar até onde ela está hoje no País: rapidez, expertise operacional e tecnologia. Além disso, a empresa tem em sua estratégia a consolidação da base e a ampliação do portfólio. “Fizemos uma aposta há quase nove anos e queremos manter essa aposta também para o futuro.” Na entrevista, Renzetti passa a limpo a evolução da empresa no Brasil, detalhando os fatores que contribuíram para os bons resultados, além de revelar os planos da companhia para manter o crescimento.
Callcenter.inf.br – Como o Grupo Almaviva está vendo a operação brasileira?
Renzetti: É com grande satisfação. Chegamos ao Brasil há pouco menos de nove anos. Na época, tínhamos uma operação de televendas, agora somos a quarta companhia do setor, com quase 32 mil colaboradores. Esse crescimento aconteceu principalmente nos últimos três anos, quando passamos de uma receita de R$ 300 milhões para R$ 700 milhões.
A que fatores atribui esse crescimento?
Podemos destacar três: rapidez, expertise operacional e tecnologia. O primeiro é resultado da estratégia adotada pelo nosso CEO mundial, Marco Tripi, há três anos, quando assumiu a gestão das nossas operações no Brasil. Isso permitiu cortar a cadeia de comando, agilizando a tomada de decisões. Pelo lado operacional, nossos parceiros passaram a nos perceber não como um fornecedor de mão-de-obra, mas como um parceiro capaz de interagir já na fase da elaboração dos processos. Agimos como um consultor também. Por último, temos a vantagem de ser uma empresa também de tecnologia. Digo que somos geneticamente diferentes dos nossos concorrentes, já que temos a Almawave, braço de tecnologia do grupo. Assim, há a possibilidade do nosso cliente utilizar nossa tecnologia de CRM inovadora que tem como base um motor semântico.
Quanto tem sido investido para dar suporte a essa evolução?
No total, investimos cerca de R$ 200 milhões, entre 2012 e 2014, sendo boa parte destinada para a abertura de sites no Brasil. Nesse ano, já estamos inaugurando mais dois sites, um em Maceió e outro em Teresina. Ou seja, para acompanhar nosso crescimento.
Ainda há muita oportunidade de crescimento no mercado brasileiro?
Acreditamos sim que ainda há espaço para a Almaviva crescer. Tanto que nosso maior crescimento aconteceu nos três últimos anos, que já foram anos de maior dificuldade para a economia brasileira. Volto a dizer que como temos forte know-how de processos, bem como uma tecnologia inovadora, conseguimos ir ao encontro das tendências. Não à toa, temos um importante crescimento de receita projetado para esse ano. Nossa expectativa é chegar ao final do ano perto de R$ 1 bilhão, no Brasil. Por isso, dizemos que crescemos muito nos últimos anos, mas ainda não estamos cansados de crescer.
Quais são os planos para manter os bons resultados?
Queremos consolidar a base e ampliar o nosso portfólio. Dentro disso, já estamos atuando na área de trade marketing, reforçamos nossas operações de back office e temos projetos para aumentar a linha de atividades na área de cobrança. Para fazer tudo isso, decidimos reforçar ainda mais o nosso time. Três anos atrás fizemos um primeiro change management e agora estamos realizando outro. Nos últimos quatro meses, contratamos quase dez executivos, com grande experiência, que vieram para atuar na primeira e segunda linha. Eles nos darão força nessa nova fase de crescimento no Brasil.