Pesquisa “Banco de Dados de Mercado – 6ª Fase”, realizada pela Abeprest – Associação Brasileira de Empresas de Soluções de Telecomunicações e Informática, mostra que as operadoras de telefonia fixa e móvel devem investir no setor entre 13,5 bilhões e 14,5 bilhões de reais em 2008. O valor representa uma alta de até 22,8% em relação aos 11,8 bilhões previstos para 2007.
De acordo com o levantamento, 32% do total de investimento estimado para este ano, o equivalente a R$ 4,5 bilhões, será direcionado para a área de prestação de serviços, ou seja, instalação, construção, expansão, manutenção e operação de redes. Esta quantia é 11,6% superior ao investimento projetado para 2007 e o maior valor investido no segmento nos últimos anos. Segundo a pesquisa, estes investimentos serão 60% provenientes das operadoras fixas e 40% das celulares.
Em 2008, os investimentos no setor de telecomunicações por parte das operadoras fixas devem aumentar 3%, passando de R$ 2.6 bilhões para R$ 2.7 bilhões. O estudo mostra que elas continuarão investindo em banda larga e novos serviços, como IPTV, além de dar continuidade aos projetos piloto Fiber To The Home (FTTH). As operadoras celulares têm investimentos previstos de R$ 1.8 bilhão, uma alta de 27% em relação à projeção de 2007 (R$ 1.4 bilhão), impulsionados pela implantação de redes 3G e pelo aumento dos gastos com manutenção de redes para a melhoria da qualidade.
Quanto ao panorama de mercado, a pesquisa aponta foco das operadoras fixas na concorrência da oferta triple play e na concentração da terceirização de manutenção da planta em prestadoras de serviços de maior porte, havendo inclusive uma iniciativa pioneira com um único fornecedor. Já as celulares se voltarão para a convergência de serviços em plataforma móvel, com oferta de serviços de dados.
“Para este ano, esperamos o aquecimento do mercado de telecomunicações, o que deve abrir diversas novas oportunidades para as empresas. Apesar dos profissionais estarem se capacitando e se adaptando à nova realidade do mercado, o investimento na capacitação de mão-de-obra continuará sendo primordial para os serviços de nova geração que estão surgindo”, afirma Silvio de Carvalho Vince, presidente da Abeprest.