A infra-estrutura de telecomunicações do país está preparada para a crise de energia que se avizinha. Essa é a opinião da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Segundo Antonio Carlos Valente da Silva, conselheiro da Anatel, as medidas que o Governo Federal adota a partir de junho não devem afetar diretamente o serviço telefônico. São poucas as chances de interrupção na comunicação durante os períodos de corte de fornecimento de eletricidade.
Silva garante que todas as centrais telefônicas têm dispositivos de segurança contra quedas de corrente elétrica, mesmo em condições normais de fornecimento de energia. E, para garantir o fornecimento do serviço telefônico os equipamentos das centrais são alimentados por duas fontes de energia: grupo gerador de alta capacidade e baterias, ambos acionados instantaneamente quando o fornecimento convencional é interrompido ou oscila em demasia.
Como na telefonia fixa, os equipamentos que servem à telefonia móvel, como centrais e Estações Radio Base, ERBs – torres que fazem a redistribuição do sinais – também possuem fontes de alimentação independentes da rede convencional e, segundo o conselheiro, não correm risco de interrupção no seu funcionamento durante os cortes.
A Anatel ainda aguarda definições do governo quanto ao racionamento para ajustar seu programa interno de redução de consumo de energia. O programa que a Agência já vem desenvolvendo desde o início do ano prevê redução de pelo menos 15% no consumo de energia elétrica na sua sede, em Brasília, e em todas as representações regionais nas capitais dos estados.
Para garantir o fornecimento de energia dos prédios a Agência dispõe de três grupos de motores geradores. Os equipamentos têm menos de 1000 horas de utilização, já estão revisados e prontos para eventual utilização.