O canal para quem respira cliente.

Pesquisar
Close this search box.

Atraindo novos investidores

Salomão Wajnberg, Presidente da Telecom—Associação Brasileira de Telecomunicações, tratou da “Evolução da Indústria de Call Center no Brasil”, esclarecendo, logo de início, que o sentido exclusivo da sua apresentação era atrair novos investimentos para o País.

Portanto, delineou um rápido perfil das principais características do Brasil de hoje – oitava economia mundial, representa 52% do Produto Interno Bruto da América Latina, tem perspectiva de estabilizar a economia nos próximos três anos, dará continuidade às privatizações – para respaldar o seu propósito.

Apoiado em estatísticas da ABT—Associação Brasileira de Telemarketing, ele informou que, enquanto ferramenta de vendas, os callcenters movimentam no País US$ 30 bilhões ao ano, sendo que em 98 responderam por um faturamento de US$ 27,3 bilhões. Atualmente, os bancos representam o setor mais desenvolvido à aplicação dessa alta tecnologia, cuja automatização reduz o atendimento pessoal em cerca de 25%.

No Brasil, a demanda por callcenter teve início com o Código de Defesa do Consumidor, principalmente através da indústria de alimentos. De centrais de reclamações eles evoluíram para uma função mais ativa de marketing, levando os bancos a obterem maiores resultados na redução de custos, além de desafogar suas agências pelo serviço 24 horas.

Salomão explicou que o custo do callcenter no País varia muito, mas forneceu os seguintes percentuais para uma avaliação geral: 70% de gastos com salário e treinamento, 20% com contas telefônicas e 10% com equipamentos e serviços. Para configurações mais sofisticadas, avaliou o custo da agência em US$ 20 mil.

“Cerca de 80% da maioria dos callcenters brasileiros são emergentes, isto é, não sofisticados. Sendo que os callcenters maduros — aqueles que entendem a cultura dessas centrais — só utilizam 30% da estrutura”, disse o palestrista, atribuindo ao usuário de “classe mundial” (geralmente grandes companhias) um uso intensivo entre 80% e 90% das funções do callcenter.

Em 98, o Brasil registrou 4.100 unidades de callcenters, 150 mil Pas e cerca de 200 mil atendentes. Para o final deste ano, estão previstas 7.000 unidades, número este que deverá subir para 9.000 unidades em dezembro do ano 2000. O crescimento do mercado de callcenter está entre 30% e 40% ao ano, concentrado principalmente nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

No entender de Salomão, uma solução ideal para se investir em callcenters é da seguinte ordem: 30% em hardware, 30% em software e 40% em serviços. Dizendo que a base da política é a competição, o presidente da Telecom reafirmou a idéia de que o callcenter nos EUA “é uma coqueluche, e aqui será também”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima