Autores: Geuma Campos Nascimento e Vagner Jaime Rodrigues
Não é de hoje que a terceirização já faz parte do cotidiano das empresas brasileiras, mas há pouco tempo é que se tem dado o valor real para esta atividade em nosso território. Muitos dizem que ela começou com a chegada de multinacionais que trouxeram em suas administrações o conceito para o Brasil na década de 1950. Porém, engana-se quem imagina que o país continua engatinhando nesta área.
Segundo o levantamento da Global Services, de 2009, o Brasil ficou em quinto lugar do Top 50 Emerging Global Outsourcing Cities, perdendo apenas para Índia, Filipinas, China e Irlanda. Nesse trabalho, avaliou-se a prática de offshore outsourcing – realização de serviços por um fornecedor para uma empresa fora do país. Ainda sobre esse item, nações desenvolvidas têm buscado melhores condições de prestação de serviços no Exterior devido a custos mais competitivos. Enfim, o Brasil já tem reconhecimento internacional no assunto.
Um outro estudo, dessa vez sobre tendências em ferramentas e técnicas de gestão realiza pela Bain & Company em 2009, com mais de 1.400 executivos de todo o mundo, mostrou que à medida que os executivos mudam seus objetivos e prioridades, eles também mudam as ferramentas e técnicas utilizadas para gerir os seus negócios. Esta pesquisa revelou que, em 2006, a média de ferramentas usadas foi de 15; em 2008 foi para 11, mas, por conta da turbulência da crise financeira mundial, este número passou para 25. Em 2009, foram listadas 10 ferramentas, e a terceirização ficou na 5ª colocação.
Aqui, por outro lado, o empresariado brasileiro demonstra não ter ainda o pleno conhecimento sobre as reais vantagens de se ter como parceiro uma prestadora de serviço em outsourcing (terceirização) para cuidar do back office da organização, como folha de pagamento, contabilidade, questões fiscais, financeiras e tributárias, dentre outros itens.
Em outra vertente, em 2008, a influência na economia de empresas de serviços no Brasil, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, chegou a 65,3% do valor adicionado ao PIB (Produto Interno Bruto).
Enfim, o setor de outsourcing passa por uma forte expansão no mundo nos últimos anos. Somos vistos pelo mercado internacional como uma das melhores nações para realizar serviços na área. Não podemos perder tempo. O momento é de expansão do outsourcing também no mercado interno.
Geuma Campos Nascimento e Vagner Jaime Rodrigues são sócios da Trevisan Outsourcing e professores da Trevisan Escola de Negócios.