Bullying profissional é frequente



Tanto se falou nos últimos meses sobre bullying escolar, mas, se pararmos para observar, acontece um movimento muito semelhante no meio corporativo de forma muito mais frequente do que podemos imaginar. Bullying é discriminação feita por uma ou mais pessoas contra um indivíduo específico. No caso do bullying profissional, as consequências afetam a vida pessoal adulta e também o desempenho da organização.  De acordo com o presidente da De Bernt Entschev Human Capital, Bernardo Entschev, “este é, sobretudo, um problema incomum, que não pode ser resolvido da noite para o dia e pode ser caracterizado como tal quando se carrega por um período longo de sua vida profissional, podendo passar até mesmo de um emprego para outro”.

 
Sem termo equivalente na língua portuguesa, “bullying” é um termo inglês utilizado para designar a prática de atos agressivos, incluindo agressões físicas, no âmbito escolar. Quando a prática é levada para o ambiente corporativo, normalmente não vemos a agressão física e o quadro aparece de forma mais silenciosa, porém com a mesma evolução. As consequências são o isolamento, a queda do rendimento no trabalho, baixa autoestima, depressão e pensamentos eventuais de vingança.  O único propósito é a humilhação da vítima e isolamento daquele que é considerado mais fraco ou diferente.


Apelidos como “puxa saco”, “enrolador”, “queridinho do chefe”, “desleal”, “preguiçoso” entre outros, e atitudes como boicotes dos profissionais que o estão assediando, são comuns. “Todo esse contexto gera na empresa uma imagem negativa do profissional perseguido. Isso amplia e compromete seriamente a reputação do profissional, seja ela positiva ou não. Esses atos agressivos, intencionais e repetitivos, que ocorrem sem motivação evidente geralmente começam a ocorrer quando um colega de trabalho se sente ameaçado”, explica Entschev. 


Quem agride quer que o seu alvo se sinta infeliz, como na verdade ele deve se sentir. É provável que o agressor também tenha recebido este comportamento no passado e hoje descarrega no mais frágil a sua própria frustração.


Bernardo acredita que ao ser a vítima, presenciar um ato destes ou notar um repentino isolamento de um colega de trabalho, o mais sensato é não responder às provocações. “Este tipo de atitude aumenta a raiva do agressor, e é justamente isso que ele quer. Outra coisa importante é não manter segredo da situação, aceitando a intimidação”, explica o headhunter, completando que esse pode ser um bom momento de lidar com os próprios complexos, de superar com a ajuda dos superiores no trabalho e até da família.

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