Ao analisar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) sobre profissões e salários, a área de inteligência da plataforma Quero Bolsa detectou que estudar mais melhora a renda de homens e mulheres, mas não garante a igualdade salarial entre ambos. Em 2018, segundo o mais recente dado do Caged, a renda média mensal dos trabalhadores contratados para funções com exigência de nível superior foi de R$ 3.756,84 para homens e R$ 2.592,65 para mulheres. Uma diferença de 44,90%. Quando analisada a média salarial entre os gêneros de trabalhadores com até ensino médio completo, a diferença foi de 10,89%, com homens ganhando R$ 1.570,89 e mulheres com R$ 1.416,60 por mês.
Ingressar na faculdade, sem dúvida, ajuda homens e mulheres a aumentarem os ganhos. Na prática, mais anos de estudo aumentou 139,15% a renda dos homens e 83,02% a das mulheres. Mas a constatação é de que em todos os estados a média salarial dos homens é maior do que a das mulheres. As diferenças mais significativas foram registradas no Maranhão (33,30%), Sergipe (29,99%) e Bahia (29,37%), enquanto Roraima (4,74%), São Paulo (6,69%) e Pernambuco (11,45%) são as localidades onde homens e mulheres têm os salários mais próximos entre si.
Ao todo foram avaliados os salários médios pagos a homens e mulheres em 600 ocupações com contratações no País ao longo de 2018, segundo o Caged. Destas, apenas 90 apresentaram diferença superior a 5% favorável às mulheres. As ocupações onde mulheres ganham mais do que homens se concentram nas áreas de educação e saúde. Já os salários oferecidos aos homens foram pelo menos 5% maiores em 357 ocupações. Outras 153 profissões tiveram diferenças salariais inferiores a 5%, o que pode ser considerada igualdade salarial.