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Como andam os resultados de suas ações?

Ômar Souki

Você já parou para observar o seu dia? Observe bem cada um de seus pensamentos, palavras e ações. Depois preste atenção nos resultados. Talvez chegue a conclusão de que apenas aproximadamente 20% de suas ações são responsáveis por 80% dos resultados positivos. Por exemplo, em uma ligação telefônica de quinze minutos você consegue realizar um negócio que representa um quarto de seus ganhos naquele mês. Outras vezes, você se dispersa no meio de telefonemas, papéis e e-mails e passa a maior parte do dia sem notar resultados palpáveis. No fim do dia, você não está apenas exausto, está também frustrado, pois os resultados não corresponderam ao seu dispêndio de tempo e energia.

Pode acontecer pior ainda. Devido à afobação, descuidou-se de suas palavras e ações e causou enorme aborrecimento em alguém que você não queria magoar. Ou, talvez, suas ações possam ter sido a causa de algum acidente sério. Há também os comportamentos que não produzem resultados (apenas desperdício de tempo). E aqueles que nos jogam para trás, no sentido oposto ao da vitória. Por outro lado, felizmente, existem aqueles comportamentos altamente eficazes, os que nos empurram para o sucesso, mas que nem sempre são resultados de um planejamento e podem ter ocorrido por um “golpe de sorte”.

Benjamin Franklin, já em 1771, escreveu que dedicava tempo para cada parte de seus interesses durante o dia e que tinha um esquema de utilização para as 24 horas. No começo e no fim de cada dia, Franklin fazia um exame de consciência, que denominava de quiet time (tempo calmo). Durante esse tempo, analisava o resultado de cada uma de suas palavras e ações. Ele próprio ressaltava sua surpresa ao ver como suas limitações diminuíram depois que passou a fazer o exame rotineiramente.

Às vezes, com a intenção de ganhar tempo, passamos direto à ação de forma impensada. Temos a sensação de que não existe tempo para o planejamento: é preciso agir e agir rápido. E, assim corremos. Corremos, desesperadamente, no sentido oposto ao da realização pessoal.

Uma conhecida parábola nos mostra a importância do preparo para que os resultados de nossas ações sejam positivos. A história diz que dois lenhadores tinham a tarefa de cortar a mesma quantidade de lenha em determinado espaço de tempo. Um deles, jovem, viril e bastante confiante, já se considerava vencedor, pois seu oponente era um senhor franzino e, aparentemente, com pouco vigor físico. A princípio a competição parecia desleal, mesmo assim foi iniciada a tarefa. De tempos em tempos o jovem que mantinha o machado firme nas mãos parava apenas para tomar um fôlego e observava que em todos esses momentos o velho estava sentado sob frondosa árvore. Depois de um tempo o jovem concentrou-se somente em sua tarefa e esqueceu de observar o velho.

Ao final do período determinado, ambos estavam a postos para conferir o resultado de seu trabalho. Para a surpresa do jovem, o velhote havia cortado uma quantidade de lenha muito superior a sua e sem se conformar ele reclamou: como poderia ele ter perdido se todas as vezes que parou para tomar fôlego o velhote estava descansando? Sem manifestar nenhuma surpresa, o velho explicou que nesses momentos em que o jovem achou que ele estava descansando, na verdade, ele estava afiando o machado para que pudesse com o menor esforço possível cortar maior quantidade de lenha.

Muitas vezes em nossa vida temos o mesmo pensamento do jovem enquanto na verdade é muito mais importante antes de começar a corrida diária é necessário planejar primeiro qual a direção que se deve tomar.

Ômar Souki é palestrante, consultor e autor de 15 livros, entre eles, Paixão por Marketing, A Solução Otimista, Gênio & Gestão e Otimismo nos Negócios. ([email protected])

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