Você atende o telefone e, do outro lado da linha, um representante de uma instituição pede doações para a caridade. Como saber se a organização é idônea? Recentemente, uma suposta associação filantrópica de Campinas usou o dinheiro arrecadado em ligações de telefone para financiar atividades criminosas, segundo policiais que ainda investigam o caso. É cada vez mais difícil distinguir os poucos fraudadores da maioria de telefonemas honestos, com pedidos legítimos para causas genuínas. Para auxiliar o cidadão, a Associação Brasileira de Telemarketing (ABT) dá algumas dicas.
Ela orienta por exemplo, o consumidor a se informar sobre as instituições que solicitam doações de caridade antes de concluir a doação por telefone. “O consumidor e cidadão tem que se proteger, conhecendo a entidade para qual está fazendo doações”, alerta Topázio Silveira Neto, presidente da Associação Brasileira de Telemarketing (ABT). “A orientação é: se tem dúvidas quanto à veracidade do pedido, peça ao atendente para fornecer telefone, endereço, website e outros dados da instituição”, explica o presidente.
Uma garantia extra é perguntar ao atendente se ele trabalha para uma empresa de telemarketing, já que nem sempre operadoras de telemarketing são as responsáveis por essas iniciativas. O segundo passo é checar pelo telefone (11) 3107-1955, das 9h às 17h, de segunda à sexta-feira, se a empresa é associada à ABT. “As afiliadas à entidade trabalham sob um Código de Ética, que delimita horário para as ligações e exige que os operadores se identifiquem claramente e peçam permissão antes de começar a abordagem”, completa Silveira Neto.
O presidente da ABT revela que a entidade está tomando medidas para proteger o consumidor de telemarketing: a primeira delas é a rigorosa certificação das empresas do setor, por meio de normas estabelecidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A segunda iniciativa é a criação da Ouvidoria da ABT, canal telefônico que receberá denúncias e esclarecerá dúvidas dos cidadãos.