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Comunicação e liderança



Autora: Nancy Assad

 

A comunicação, quando expressada da forma falada, se caracteriza pela comunicação verbal. Já as ações que os indivíduos executam enquanto falam, são ações não verbais, que englobam tudo o que se refere à postura, ao movimento e ao comportamento não anunciado pela pessoa.

 

Tudo o que tornamos público, seja de maneira verbal ou não verbal, é comunicação: nossos pensamentos, desejos, intenções, nossas expressões e ações que interferem no comportamento do próximo.

 

Essa divisão de comunicação verbal e não verbal, muitas vezes, facilita o nosso entendimento. Isso acontece porque as pessoas estão acostumadas a lidar com o formato falado, mas classificam como difícil lidar e entender a forma não dita, pois uma simples expressão facial, dependendo do contexto, pode ser entendida de maneiras diferentes por várias pessoas, com aprovação ou desaprovação.

 

Toda relação entre pessoas se dá com ação e comunicação, sendo esta última a chave para transmitirmos tudo o que desejamos, desde a nossa imagem, marca, até as nossas necessidades, além de influenciar o comportamento de outras pessoas.

 

No Brasil, há predomínio de afetividade, submissão, passividade, neutralidade, jeitinho e até um aspecto irracional nas relações, tudo isso em favor do bom relacionamento, mesmo que ocorra detrimento do trabalho e prejuízo à sua comunicação.

 

Uma habilidade de extrema importância para as pessoas que desempenham cargos de liderança é a excelente comunicação verbal e não verbal, pois esta característica fará com que o gestor consiga ser mais assertivo e se relacione melhor consigo mesmo e com os seus subordinados.

 

Quando um líder tem o comportamento assertivo em relação à comunicação, consegue se sair bem em todas as situações seja em negociação, condução de reuniões, resolução de conflitos, estabelecimento de metas, demissão e avaliações de feedback.

 

Dentro das competências gerenciais básicas, é quase que um dever de todo líder saber comunicar-se e expressar sua capacidade de transmitir e ouvir os sinais da comunicação verbal e não verbal, afinal de contas, liderar é essencialmente comunicar em todos os momentos.

 

A comunicação deve respeitar três princípios básicos: o pensar, o planejar e o transmitir. Falar sem pensar ou mesmo sem planejamento pode gerar um ruído muito alto e uma incongruência no entendimento. Lembre-se de que nenhum líder consegue resultado sozinho e com equipes frágeis e desinformadas.

 

Nancy Assad é especialista em comunicação estratégica, marketing e responsabilidade social, palestrante e docente nos cursos de MBA da Fipecafi.

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Comunicação e liderança


Autor: Carlos Hilsdorf

 

Uma empresa permite que as pessoas atinjam resultados que não poderiam atingir individualmente. A interdependência e a soma das competências individuais multiplicam o resultado, tanto em uma pequena empresa quanto em uma mega corporação. A qualidade dos resultados depende diretamente da maneira como estas competências individuais estão conectadas e alinhadas com os objetivos estratégicos da organização.

 

Na ausência de uma estratégia coerente e claramente comunicada, estes mesmos talentos que geram os resultados irão “atrapalhar” uns aos outros, diminuindo radicalmente as possibilidades de sucesso. Este seria o modelo “Torre de Babel”! O modelo “Torre de Babel” ocorre em função de uma grave deficiência de comunicação.

 

A comunicação precisa ser objetiva, clara, transparente e deve seguir sempre o menor caminho possível entre aquele que comunica e aquele que recebe a comunicação. Quanto maior o número de intermediários necessários para fazer com que a mensagem chegue ao seu destino, maiores serão as distorções e dissonâncias, comprometendo gravemente a qualidade do resultado. A eficácia da comunicação é responsável por manter as pessoas conectadas com os objetivos e metas da empresa.

 

Qualquer profissional exercendo liderança deve primar por sua competência em traduzir as metas, crenças e valores da organização em exemplos que inspirem seus liderados.

 

Comprometimento deve ser estabelecido top-down (partindo dos níveis hierárquicos superiores para os seguintes). O papel fundamental da liderança pressupõe o exercício contínuo do capital ético e do capital moral, somente assim será conseguida coesão entre as pessoas e os objetivos propostos.

 

Dicas importantes:

 

1ª) Em uma organização, todas as pessoas e fatos estão direta ou indiretamente interconectados. Qualquer fato novo, bem como qualquer atitude nova, afetará de maneira global os resultados dos negócios.

 

2ª) Todos devem conhecer o que são e quais são os canais de comunicação. E-mails servem apenas para documentar comunicações e acordos, não devem, em hipótese alguma, ser utilizados como substitutos para a comunicação interpessoal. Nada absolutamente sério e relevante, cujas repercussões levem a dúvidas ou mudanças significativas, deve ser comunicado apenas por e-mail!

 

3ª) Cabe ao profissional exercendo funções executivas nutrir o “orgulho em pertencer”, a coerência das crenças e a importância dos valores da organização. Líderes devem saber estabelecer um sentimento de valor e segurança em seus liderados!

 

4ª) É essencial compreender a empresa como um conjunto de pessoas unidas por um sonho coletivo, sonho que somente podem construir juntas, em regime de interdependência. Egoísmo em empresas é um profundo elemento desagregador. Não há comprometimento verdadeiro na presença do egoísmo e da fogueira das vaidades.

 

5ª) O comportamento dos líderes estabelece um código de conduta moral para seus liderados. A velha forma “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço” demonstra hipocrisia, jamais liderança. Na ausência de coerência ético-moral não existe liderança. Na ausência do exemplo positivo, o contra-exemplo, lamentavelmente, suscita ao boicote, desrespeito e sabotagem.

 

A atividade de um líder e de um gestor não está, e jamais esteve restrita às ações de medir, controlar e supervisionar. Um verdadeiro líder inspira as pessoas com suas atitudes e trata com muita habilidade os ativos intangíveis da organização, tais como: prazer, satisfação, reconhecimento, auto-estima, motivação, inspiração, clima e atmosfera organizacional.

 

Os verdadeiros gestores e líderes estão conscientes que os resultados só acontecem por meio das pessoas. Para eles, o capital humano não é apenas um belo discurso, mas a razão de ser da organização.

 

O modelo “Torre de Babel” só se instala quando as pessoas não falam a mesma língua e elas jamais falarão a mesma língua se as palavras contradizem as atitudes.

 

Se na sua empresa as pessoas são consideradas o maior capital da organização, faça duas coisas:

 

1ª) Certifique-se de que elas se sentem verdadeiramente assim;

 

2ª) Garanta as condições para que isto se mantenha como um valor inalienável.

 

Empresas incoerentes são mais perigosas para si mesmas que seus maiores concorrentes. Você pode vencer seus concorrentes externos, mas se promover “concorrentes” dentro da organização em posições de decisão, a guerra está perdida. Coerência é uma das maiores virtudes de uma organização e, não por acaso, do próprio ser humano.

 

Carlos Hilsdorf é palestrante, consultor e pesquisador do comportamento humano.

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