As empresas devem adotar práticas robustas para proteger os dados contra acessos não autorizados, vazamentos e outras ameaças
Autor: Ary Vilhena
A comunicação corporativa segue em evolução acelerada e, em um mundo hiperconectado, as empresas precisam ser ágeis e inovadoras. Neste cenário, as necessidades dos clientes também evoluíram drasticamente e, assim como os avanços tecnológicos, as mudanças regulatórias também passaram a exigir padrões cada vez mais elevados de conformidade, proteção e segurança dos dados. Isso nos obriga a ir além do básico e projetar soluções que estejam alinhadas com o futuro da comunicação empresarial.
E quando falamos em operações modernas de comunicação empresarial, não podemos deixar de citar como a comunicação unificada (UCaaS) e Contact Center as a Service (CCaaS) se tornou o pilar central das operações, integrando canais de voz, vídeo, mensagens e colaboração em uma única plataforma. A solução tem como objetivo melhorar a eficiência operacional, promover uma experiência do cliente mais fluida e facilitar a colaboração interna. No entanto, a integração e o gerenciamento desses canais possui uma responsabilidade crescente de garantir que os dados sejam tratados de forma segura e que as operações sejam sempre conforme com as regulamentações internacionais e setoriais, como a GDPR e a LGPD.
No Brasil, a LGPD estabelece diretrizes rígidas para a coleta, armazenamento e processamento de dados pessoais e as soluções de UC devem garantir que os dados dos usuários sejam tratados de acordo com os princípios da lei, como a necessidade de consentimento, a transparência e a segurança. Segundo dados da terceira edição do Painel LGPD nos tribunais, as normas da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) estão sendo usadas cada vez mais para basear decisões judiciais no Brasil. Entre 2022 e 2023, o número de sentenças que consideram a legislação passou de 665 para 1.206 decisões. Enquanto que, em 2021, foram 274.
De acordo com a pesquisa lançada durante o mês de agosto deste ano pela Nodus, grupo empresarial especializado em automação comercial, a pedido da Meta, empresa controladora dos aplicativos Facebook, Messenger, WhatsApp e Instagram, 64% dos consumidores armazenam informações pessoais em sites. A Meta argumenta que a inteligência artificial pode ajudar nessa tarefa de personalizar os produtos e serviços sugeridos para o cliente.
Ao pensar no futuro, é evidente que a conformidade e a segurança não são meros requisitos, mas os verdadeiros motores que impulsionam a inovação em comunicação unificada. As empresas devem adotar práticas robustas para proteger os dados contra acessos não autorizados, vazamentos e outras ameaças, sendo uma das melhores a implementação de criptografia tanto para dados em trânsito quanto para dados em repouso. Isso garante que as informações sejam codificadas e permaneçam seguras mesmo se interceptadas; estabelecer políticas rigorosas de controle de acesso para garantir que apenas pessoal autorizado possa visualizar ou manipular dados sensíveis e realizar auditorias regulares; e monitorar atividades para detectar e responder rapidamente a possíveis incidentes de segurança.
O futuro da comunicação empresarial será definido pela confiança, e essa confiança será construída sobre os pilares da conformidade e da segurança. As empresas que investirem nessas áreas estarão preparadas para liderar em um mercado cada vez mais orientado pela experiência do cliente e pela proteção de dados.
Ary Vilhena é CEO da Smartspace by Digivox.
