Contratei da geração Z e agora?

Autora: Neusa Miguel
Agora você tem um problema ou uma solução dependendo do seu gerenciamento. Os filhos da geração Y, ou os millennialls como também são conhecidos os nascidos entre 1970 e 1990, apesar da falta de consenso na definição deste período, são 20% da população à disposição do mercado de trabalho. E vieram acompanhados de características, qualidades e aptidões que exigiu um reaprendizado dos gestores, para que se tornassem a solução de muitos mercados. Foram eles que inovaram tecnologicamente processos industriais, criaram o home office, a flexibilização de horários, inventaram o “casual day” e a globalização. Quem evoluiu e se preparou para recebê-los se deu bem e figura entre as melhores empresas dos seus respectivos segmentos.
Mas agora quem os atropelará são os “Z”, pois eles já estão saindo das universidades e baterão a sua porta com muito mais força e velocidade.
Os Y chegaram com os computadores, PCs, notes e programas incríveis que aceleraram os meios produtivos. Os Z chegam com tudo isso em um celular! E querem respostas rápidas, fazendo tudo que o mundo virtual permite, ao mesmo tempo em que se preocupam com os animais e o meio ambiente. São inimigos de reprimendas e fãs da obsolescência para tudo, já que estão acostumados a trocar facilmente e constantemente seus aparelhos celulares, brinquedos, computadores, amigos e até de responsáveis, na ciranda dos tempos modernos.
Chegarão ao mercado de trabalho com muita bagagem tecnológica e informação, mas, de forma generalista, com dificuldades de relacionamento cara a cara, interação social, dificuldades para aceitar ordens, regras, hierarquia e carentes de crença a qualquer coisa que se mova. Portanto precisamos preparar a empresa de ponta a ponta na hierarquia, para acolher bem estes preciosos jovens e com eles aprendermos muito, renovando nossos conceitos.
Os Y investiram pesado nos estudos, chegaram com 27, 28 anos e MBA, fluência em línguas estrangeiras, cobrando alto pelo investimento. Os Z estão tão descrentes que talvez faltem candidatos a preencherem as vagas de médicos, engenheiros, cientistas, pesquisadores, mestres, doutores e Ph.D em alguma coisa daqui a alguns anos.
A palavra chave para aproveitá-los bem, integrá-los e mantê-los nos quadros de talentos será: motivação. Mas como fazer isso com um jovem que sequer ouve, pois o fone de ouvido não deixa?
Fácil meu caro Y, motive-os de acordo com as características comportamentais de cada um, pois apesar de fazerem parte de uma única tribo, são diferentes entre si. Em geral, eles precisam de liberdade, orientação, tecnologia, ser ouvidos e, principalmente, de interação social e comunicação verbal para expandir seus talentos e esbanjar sua capacidade multitarefa.
A ferramenta para mapear os “Z” nós temos, o desafio é seu! Terá que vencê-lo pois os Alpha estão nascendo.
Neusa Miguel é presidente da Dom Brasil Diagnósticos.

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