Segundo Archimedes Franco, superintendente do Procon do estado da Bahia, ainda são comuns reclamações nos Procons contra a cobrança de pulsos excedentes em contas de telefone fixo e, no caso dos serviços de telefonia móvel, contra a cobertura precária. Franco, que também é secretário executivo do Fórum Nacional dos Procons (uma organização não governamental que tem como objetivo discutir as políticas do cliente e formalizar ações padronizadas dos Procons), participará da série de debates durante o evento Telecomunicações e o Consumidor – uma avaliação da qualidade dos serviços, a ser realizado dia 30 de agosto no Hotel Pestana, em São Paulo (SP). O evento terá início às 9 horas da manhã e se encerrará às 18 horas.
Franco chama a atenção para alguns motivos que geram a grande incidência de reclamações de serviços de telecomunicações nos órgãos de defesa do consumidor: “falta de planejamento para atender as demandas existentes e a falta de clareza e transparência nas informações dadas ao consumidor”. “No caso das operadoras de telefonia fixa, o grande problema continua sendo a cobrança de pulsos excedentes daqueles 100 pulsos embutidos na taxa de assinatura. O consumidor reclama mas fica refém do que a operadora registrou na sua conta porque ele não tem como provar que não gastou aquela quantidade de pulsos”, afirma.
Conforme o superintendente do Procon/BA, o segundo maior motivo de reclamações são as cobranças por ligações para celulares e interurbanas não reconhecidas, seguido pelas cobranças de linhas não instaladas. Já no caso das operadoras de telefonia móvel, as principais queixas, além de cobertura precária em algumas regiões, são a falta de um posto de atendimento personalizado e defeitos de aparelhos. “O problema com cobertura, por exemplo, mostra que as operadoras não fizeram um planejamento a contento para atender as demandas decorrentes desta expansão. Sem contar que as empresas não têm um local para atendimento pessoal, deixando para o cliente apenas a opção de um atendimento por telefone que, muitas vezes, não atende às suas necessidades”, enfatiza.
Programação
No programa estão previstos uma palestra – cujo tema é Ciclo de consumo de
telecomunicações – Propaganda e oferta: buscando melhores práticas – e três painéis de debates com os seguintes enfoques: Soluções de tecnologia para o melhor atendimento do consumidor; O atendimento dos call centers; A qualidade dos serviços das telecomunicações – As informações prestadas pelas operadoras, considerando os avanços tecnológicos em que serão abordados assuntos relativos à velocidade da tecnologia X o entendimento do consumidor, atendimento, cobrança e
informação aos usuários.
Archimedes Franco e demais representantes de agências reguladoras, operadoras de telecomunicações, órgãos de defesa do consumidor e executivos de call centers estarão reunidos num grande plenário para discutirem temas altamente relevantes sobre a relação entre o consumidor e as empresas de telecomunicações no Brasil e o nível de qualidade dos serviços prestados atualmente.
Outros participantes: Aristóteles dos Santos (ouvidor da Anatel); Roberto Augusto Castellanos Pfeiffer (presidente da Brasilcon e conselheiro do Cade); José Fernandes Pauletti (presidente da Abrafix); Amadeu de Paula (presidente da Acel); Alexandre Appel (coordenador do Procon/RS); Gustavo Marrone (diretor executivo do Procon/SP); Flávia Lefèvre (representante da Pro Teste, ONG em defesa do consumidor); José Luís Volpini Mattos (diretor de relacionamento da Telemar/Oi); Luciana Rodriguez Rodriguez (diretora de contact center e vendas da Intelig
Telecom) e Agnaldo Calbucci (da Atento, call center da Telefônica).
Também participarão do evento representantes do Ministério Público, de
operadoras de telecomunicações fixas e móveis.
Serviço
Telecomunicações e o Consumidor – uma avaliação da qualidade dos serviços será realizado no dia 30 de agosto de 2004, no Hotel Pestana, em São Paulo/SP. A taxa de inscrição é de R$ 1.200.
Inscrições no site: www.networkeventos.com.br