Há cerca de dois anos, a Dedic é a responsável pela Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 e recentemente migrou toda a operação para o novo site em Brasília. Criada pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), em 2005, para auxiliar e orientar as mulheres em situação de violência, a central registra, mensalmente, cerca de 16 mil atendimentos. O serviço conta atualmente com 56 pontos de atendimento (PAs) e funciona 24 horas por dia, de segunda a domingo, inclusive feriados, em âmbito nacional.
A Central oferece às mulheres orientações sobre os direitos legais e sobre as entidades que podem auxiliá-las, como delegacias de atendimento especializado à mulher, defensorias públicas, postos de saúde, instituto médico legal, centros de referência, casas abrigo, além de outros mecanismos de promoção de defesa de direitos da mulher. “Toda a Dedic se sente honrada em desenvolver um trabalho de tanta importância para a sociedade brasileira”, afirma Paulo Neto Leite, presidente da Dedic.
Para o futuro, está prevista a ampliação do serviço, contemplando a união de todos os assuntos relacionados a mulher, como informações sobre saúde.”Acreditamos que uma legislação que, entre outros tópicos, aumenta o rigor das punições relacionadas a agressões contra a mulher contribui imensamente para garantir a cidadania no País”, afirma o presidente.
Para realizar o atendimento com excelência e a sensibilidade requeridas para esta atividade, a equipe da Dedic, composta exclusivamente por mulheres, recebeu capacitação da SPM e do Instituto Patrícia Galvão em questões de gênero. A equipe conta ainda com um programa de educação continuada que, mensalmente, oferece palestras sobre temas relacionados e, semanalmente, participam de sessões de apoio psicológico. Também foi disponibilizado um banco de dados, composto pelas perguntas mais freqüentes.
Vale destacar que, ao contrário de outras centrais, que têm como padrão de produtividade garantir atendimentos com tempo médio de 2,5 minutos, o Ligue 180 possui um atendimento médio de 13 minutos (cinco vezes maior). “Desde sua inauguração, há dois anos, a Central de Atendimento à Mulher atende mulheres que procuram por conforto e uma palavra amiga sem julgamento, o que exige mais atenção”, afirma Neto Leite. O executivo ressalta, entretanto, os casos mais violentos, que envolvem até mesmo cárcere privado, são encaminhados para providências dos órgãos competentes.