Assim como todo evento de grande magnitude, a Copa no Brasil ganhou repercussão mundial e alguns fatos marcantes ocorridos durante a competição pegaram carona e foram destaques positivos ou negativos. Mas engana-se quem pensa que no mundo corporativo é diferente. A Catho listou as principais lições de comportamentos da Copa no mundo corporativo:
Mordida do Suarez
O fato chocou muita gente pelo fato de estar atrelado a um descontrole de um ótimo profissional. Dentro de inúmeras equipes convivemos com tipos parecidos, mas, que como Suarez, apresentam resultados satisfatórios para a empresa. Existem diversos tipos de empresas, porém, as empresas sérias, nos dias atuais, não costumam tolerar atitudes inadequadas no ambiente de trabalho.
A solução para um caso como esse em ambiente corporativo é, primeiramente, aplicar uma avaliação 360º para que o colaborador receba um feedback amplo, de todos os níveis profissionais que atuam com ele, pois desta forma receberá as críticas de níveis diferentes e os elogios que irão fazê-lo perceber que há pontos positivos e negativos em suas ações. Outro caminho é o encaminhamento do profissional para um suporte psicológico ou médico. É importante destacar este comportamento, pois, a imagem estará atrelada ao profissional e isso pode ser decisivo para projetos futuros e crescimento profissional.
Chorar no trabalho
Vimos muito choro durante partidas da Copa, principalmente da Seleção Brasileira. No entanto, o choro é humano e não devemos esquecer que equipes são formadas por pessoas e sentimentos extremos são normais para quem vive em constante cobrança por metas e resultados.
Atualmente vemos com mais frequência a aceitação das pessoas quando temos um comportamento humano natural. No passado isto já foi considerado um erro fatal. Muitas vezes isto pode ser uma atitude decorrente de alguma descompensação emocional gerada por questões pontuais. Sem dúvidas que descontrole emocional não é muito bem visto no ambiente corporativo, já que pode ser atrelado à fraqueza, despreparo, principalmente se o choro é frequente. Dessa forma, a principal lição que tiramos aqui é para controlar as emoções e caso o nervosismo seja enorme, é aconselhável sair da sala e voltar após o choro estar contido.
Provocação após perder um projeto
Estranhamente fomos surpreendidos por um placar aterrorizante e outras equipes também viveram essa angústia durante o mundial. Em algumas partidas foi nítida a provocação por parte dos adversários buscando desestabilizar o time adversário que o vencia. Neste caso, para o mundo corporativo, este sentimento está atrelado a casos de inveja. Um profissional não tem condições de desempenhar a função tão bem quanto seu colega e acaba apelando para a desvalorização do outro. Mas por qual motivo os seres humanos não sabem perder com dignidade?
Certamente isso tem a ver com a natureza do comportamento humano e a ética. Ser competitivo é altamente natural, porém, é a cultura e a educação de cada indivíduo que vai mostrar se a pessoa sabe ou não enfrentar uma derrota, ainda que seja uma grande derrota. Desta forma, um ser humano que é educado numa cultura que entende que perder é parte da competição e, que por isto é uma grande oportunidade de aprendizado, dificilmente olhará para isto como uma derrota humilhante.
Líderes que buscam explicações levianas para justificar derrota
Foi visto durante o apito final do árbitro, líderes batendo boca com o juiz e, muitos deles, transferindo a culpa da derrota para a autoridade do jogo e passando uma imagem de quem foi punido. Mas como os líderes devem se comportar após uma derrota?
Um grande líder deve absorver sua derrota e refletir todo o trabalho realizado. Dessa forma conseguirá entender em quais pontos a equipe errou, e a partir dos erros e acertos buscar uma melhor condução em projetos futuros. Além disso, o bom líder também observa os acertos do concorrente que foi melhor. E sempre passar para sua equipe que para entrar em uma competição é preciso estar preparado para uma vitória ou uma derrota. Após essa análise honesta o líder ainda conhecerá melhor os pontos frágeis da equipe, bem como o que favoreceu e desfavoreceu o trabalho em equipe que resultou na derrota.
Ter um Messi ou Neymar na equipe: há espaço para mais alguém?
Ter uma estrela maior na equipe deve ser importante na medida em que esta ajude o todo a se destacar. Caso contrário, é melhor evitar a estrela. Essa análise da influencia da estrela na equipe deve ser feita pelo líder, que também tem a responsabilidade de acompanhar de perto todo o processo e auxiliar os aqueles que tem menos talento para que participem do projeto e possam crescer. Quais prejuízos isso pode trazer?
O agir sozinho já é um problema e o líder tem o dever de equilibrar a ação de todos e entre todos. Ter um profissional que se destaca não é necessariamente ter um profissional que faz tudo sozinho. O líder tem que mostrar para toda a equipe que esta está fortalecida pela presença de cada um e dividir o projeto de forma a valorizar o todo.
Superar uma derrota humilhante
O trabalho em equipe é fundamental para se atingir resultados. Uma alternativa para superar é desenvolver atividades que melhorem a relação entre eles. Analisando a Seleção Brasileira, o técnico Felipão mostrou nos últimos dias um descontrole na função de líder, e isso se refletiu dentro de campo, pois quando o time sofreu o primeiro gol na partida Brasil X Alemanha, faltou a figura do líder que pegasse a bola e acalmasse o time.
Outro fator que prejudicou a equipe foi a falta de treinamento em grupo, isso porque todos os jogadores têm um treinamento pesado em seus clubes, possuem talento, têm um técnico forte e uma grande estrutura, porém o problema principal está na falta de conhecimento do esquema tático adotado, pois em seus clubes principais os jogadores jogam de uma maneira e na seleção de outra.