Erra quem pensa que na hora de formar uma equipe é preciso escolher os profissionais com perfis semelhantes. Para que tenha bons resultados, o mais recomendável é ter um time plural. “Uma equipe de alta performance é formada acima de qualquer outro fator pela diversidade e complementariedade”, comenta Fátima Rossetto, diretora de desenvolvimento de talento da LHH|DBM.
Diante disso, ela pontua a importância de levar cada um a perceber o valor agregado, fortalecendo a empatia e colaboração no grupo. “Para integrá-los vale esclarecer papéis e expectativas e levar cada um a propor ofertas de parceria ao outro, formalizando possibilidades e impossibilidades, ou seja, estabelecendo uma relação o mais livre possível de ruídos desde seu início”, acrescenta.
Em relação à diferença de gerações dentro da equipe, Fátima destaca a necessidade de promover o cross generation, assim como se promove qualquer outro fator de diversidade. “Enaltecer a questão como algo específico a ser trabalhado tende a enaltecer apenas as dificuldades do processo e não seus ganhos”, reforça.
Porém, selecionar as pessoas certas é apenas a primeira etapa do processo. Uma equipe de alta performance requer também, segundo a diretora, gestão próxima em sua formação e aprimoramento em termos de: comunicação, agilidade, eficiência e qualidade, para passar a responder naturalmente com alta performance. “Ela tende a não se estabelecer organicamente, precisa ser planejada de forma estratégica de maneira a performar”, aponta.
Ela detalha que o papel e atuação do gestor é fundamental nesse processo, pois a equipe tem de saber com clareza para onde tem de ir, o que precisa ser feito, quais os resultados a serem alcançados e o que cabe a cada um. “A liderança é ponto fundamental. Não há talento que performance sob uma má gestão em longo prazo.” Segundo Fátima, quando o líder envolve as pessoas e as torna parte das questões relevantes e cada um e assume sua responsabilidade individual e em grupo, o engajamento com os resultados é natural.