Embora seja um pilar fundamental para o desenvolvimento profissional, o plano de carreira ainda não é realidade no Brasil. De acordo com a nova edição da Pesquisa dos Profissionais Brasileiros, levantamento anual feito pela Catho, aproximadamente 70% das companhias não oferecem esse tipo de planejamento aos funcionários.
O índice é maior que o do ano passado, quando o percentual de empresas que não ofereciam um plano de carreira era de 66,7%. O dado leva em consideração a ótica de funcionários questionados sobre a existência de um planejamento de carreira na empresa em que trabalha. “Ainda percebemos que falta clareza das organizações sobre a importância dessa questão. Por outro lado, o profissional também tem que se apropriar da própria carreira e ser capaz de discuti-la junto com a companhia para determinar quais os próximos passos que fazem sentido”, afirma Murilo Cavellucci, diretor de gente e gestão da Catho.
Em meio ao cenário de desaceleração da economia brasileira e de dificuldade para as empresas, a Pesquisa dos Profissionais também mostrou que mais de 50% dos entrevistados avaliam a perspectiva de crescimento profissional como ruim ou péssima. Na edição de 2014 do levantamento, esse percentual foi menor, de aproximadamente 45%. De acordo com a pesquisa, 9,2% dos profissionais vislumbram um horizonte de crescimento ótimo ou excelente e 39,3% acreditam que as perspectivas são boas. No ano anterior, esses percentuais eram de 8,7% e 42,9%, respectivamente.
“Em um momento como o atual, é natural que se adote um tom mais pessimista em relação às chances de crescimento. O fundamental, porém, é o profissional ter consciência de que, mesmo nesse momento mais delicado, o mercado continua ativo e ele deve buscar meios que o ajudem a se preparar e identificar as oportunidades”, diz Cavellucci.