Educação na palma da mão

Autor: Rodrigo de Godoy
Não será nenhuma surpresa se você estiver lendo este post em um tablet ou até mesmo em seu smartphone. Há pesquisas com números impressionantes sobre o consumo de dados, horas de conexão, objetos que se conectam uns com os outros (a agora tão falada ´internet das coisas´). Essas experiências sem precedentes ditam um estilo de vida ultraconectado. Com a educação não é diferente.
Se até pouco tempo a bola da vez era a introdução de treinamentos e cursos online nas empresas complementando as estratégias de capacitação, hoje a nova fronteira da educação corporativa está em oferecer conteúdos por meio smartphones e tablets. Por um lado, trata-se de um processo de aculturação da plataforma mobile, ou seja, apresentar aos executivos de RH como a experiência de aprendizagem acontece e quais resultados são possíveis obter. Por outro, é uma adequação do modelo de educação a distância ao comportamento das novas gerações presentes hoje no ambiente de trabalho e do movimento de mercado. Vale sempre ressaltar que a partir de 2015 mais da metade da força de trabalho no mundo terá nascido após 1980, isto é, pessoas familiarizadas desde muito cedo com tecnologias digitais, redes de colaboração e totalmente conectada.
Percebo em meu dia a dia que empresas que querem iniciar uma estratégia de mobile learning enfrentam uma fase inicial de entendimento sobre como as metodologias de ensino e abordagens de conteúdo funcionam neste tipo de suporte, bem como das particularidades técnicas da plataforma em si. Um equívoco bastante comum ao tentar desenvolver uma solução para tablets e smartphones é migrar todo o conteúdo disponível para acesso nos meios “tradicionais” sem as adaptações necessárias.Quando falamos de mobile é preciso ter em mente o comportamento dos colaboradores diante das diferentes plataformas e estruturar a trilha de aprendizagem em função deste perfil. A experiência de aprendizagem em um monitor de 20 polegadas certamente não será tão efetiva em uma tela touchscreen de 5 polegadas, por exemplo. Esta sensibilidade é a chave para aumentar o engajamento e efetividade deste tipo de solução.
Uma boa estratégia é utilizar mídias e formatos como podcasts curtos, vídeos, infográficos, artigos e quizes. As plataformas móveis também requerem uma organização diferente do conteúdo oferecido. As atividades podem ser agrupadas por temas, mídias ou em trilhas de aprendizagem. Também é preciso estar atento a integração do sistema de gestão de educação online (LMS) e conhecer os detalhes técnicos do acesso do aluno, ou seja, se será realizado via conexão wi-fi ou por pacote de dados, o tipo de rede e a origem do acesso (em viagens ou de casa) para garantir o sucesso do programa.
Adotar o mobile exige expertise na escolha da metodologia adequada e análise criteriosa de três pilares: conteúdo, plataforma e forma de distribuição dos cursos. Tendo essas definições acertadas, a solução traz muitos benefícios ao amplificar as oportunidades para as empresas e encurtar ainda mais as distâncias ao oferecer mobilidade e interatividade. Em outras palavras, é a empresa falando a língua dos seus colaboradores.
Rodrigo de Godoy é gerente-geral de treinamento corporativo da Ciatech.

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