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Equipes de alto desempenho fazem a diferença

Os verdadeiros líderes ensinam as pessoas a fazerem grandes coisas. E quando o trabalho está feito, elas dizem: “Nós é que fizemos.” Lao-Tsé



O espaço mais adequado para exercitar uma abordagem eficaz de gerenciamento é o das equipes. Nelas as relações líder/liderados se manifestam plenamente, a coesão das pessoas com os objetivos a alcançar é testada e as habilidade de falar e ouvir devem ser continuamente equilibradas. Mais importante que tudo, nas empresas em que verdadeiramente há um foco no cliente, o trabalho em equipe é fundamental para tornar esta intenção uma realidade.



Contudo, características de muitas pessoas valorizam o individualismo. Em organizações algumas vezes existem sistemas sutis (ou nem tanto …) de sabotar o verdadeiro trabalho em equipe. Aí começa a brutal falta de coerência entre o que se diz e o que se pratica… As conseqüências desta “novela” são conhecidas por todos.


Como construir uma equipe de alto desempenho, aquela que tem um foco nos resultados e equilibra os processos internos com as pessoas e com a inovação?


Muitos são os fatores que se constituem na base desta construção. Equipes de alto desempenho:



– Tem uma visão precisa do que querem alcançar: tanto grupos como equipes precisam ter clareza do que querem alcançar. Se esta visão puder de alguma forma estar conectada e contribuir para objetivos mais elevados, a motivação vem quase que naturalmente, pois agrega um significado concreto da contribuição individual ao coletivo, mesmo que exija atividades rotineiras e repetitivas: eu sei como minha parte contribui para o todo! Se esta visão puder adicionalmente ser fruto do consenso, tanto melhor, pois a participação é melhor que adesão, assegurando o maior comprometimento das pessoas. Todos se sentem “pais e mães da criança”



– Tem em alto grau habilidades interpessoais: é o conhecer a si mesmo e aos outros, e desenvolver a aceitação da diversidade de atuações e pontos de vista que vamos encontrar nas equipes. Onde todos pensam exatamente igual, onde há absoluta uniformidade, com certeza não teremos as melhores decisões. Preciso reconhecer, aceitar e celebrar que pessoas pensem e percebam a realidade de forma diferente da minha. E é só isto, é apenas diferente, nem melhor, nem pior. O conhecimento dos valores e formas de agir dos tipos rei, guerreiro, mago e amante tem ajudado enormemente às equipes a melhorarem seu desempenho, na medida em que ficam mais explícitos os potenciais e dificuldades de cada tipo.



– Sabem resolver adequadamente seus conflitos: é natural que no trabalho em equipe surjam divergências de opinião. Cada um dos integrantes tem sua forma de ver a situação, tem seus valores e prioridades. Se os processos decisórios são do tipo “rolo compressor” (de um líder autoritário ou de uma maioria), é muito provável que uma simples divergência se torne um antagonismo ou até um conflito, que acaba se manifestando na hora ou posteriormente, às vezes de forma amplificada. Uma das habilidades a serem exercitadas é o “ouvir os outros”. As pessoas que compõe a equipe precisam se sentir livres para emitirem suas opiniões, sem medo de represálias. A comunicação deve fluir livre, clara e transparente. Colocar “panos quentes” não resolve conflitos, apenas os adia.


– Inovam: a inovação e a criatividade são muito presentes. As idéias novas são abertamente discutidas, o que não significa que todas sejam viáveis e implementadas, mas o espaço de inovação e seus riscos são abertamente aceitos e estimulados na equipe.



– Tem uma liderança inspiradora: a coordenação das atividades usualmente é mandatória no trabalho em equipe, para fazer convergir os esforços individuais. O modelo “sargentão” deve ser transformado no modelo “maestro”, junto ao desenvolvimento das competências. Os papéis de liderança são exercidos conforme as habilidades requeridas a cada momento, gerando um saudável rodízio de papéis. Há coerência entre o que o líder fala e o que faz, gerando com isto alta credibilidade



– Tem flexibilidade nas tarefas: as equipes exercem a flexibilidade, o que se opõe à definição rígida de papéis e tarefas. Numa equipe excelente não se ouve “isto não é tarefa minha” ou “esta não é uma atribuição de meu departamento”. Todos estão comprometidos, há um sentido de finalização das tarefas, que leva ao cumprimento dos objetivos



– Criam um ambiente de confiança e cooperação: o sentimento dominante é que “estamos todos no mesmo barco”. Nós remamos e nos esforçamos para colocar planos em ação, segundo o melhor de nossas habilidades e competências. Não existem sub-grupos ou pessoas que ficam isoladas



– Integram os novatos e investem na aprendizagem: esta é uma preocupação constante, para integrar pessoas novas ao espírito da equipe, assim como a postura de reciclagem e aprendizagem constante de todos os integrantes. A arrogância do “já sabemos” ou “já aprendemos” é minimizada



– Reconhecem e recompensam desempenhos e esforços: as equipes e seus integrantes são reconhecidos e recompensados concretamente pelos seus esforços e pelo atingimento de suas metas. Os feitos da equipe são celebrados.


– Estimulam o bom humor: um dos melhores indicadores do “estado de espírito” da equipe é o grau de bom humor e descontração. A existência de rancores, desmotivação, “corpo mole” e “cara feia” indicam a existência de dificuldades, que mais cedo ou mais tarde vão se manifestar.


Quando este fatores são sistematicamente buscados, a equipe se torna um lugar especial, no qual o individual e o coletivo se harmonizam, gerando resultados a todos.

Gustavo G. Boog –
consultor e terapeuta organizacional, diretor da Boog & Associados

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