Felicidade é coisa séria

As pessoas cada vez mais buscam propósito no que fazem, buscam uma vida cada vez mais simples, novas gerações já não valorizam mais segurança e planos de carreira, consumidores não compram mais o que as empresas vendem, mas o porque e o como elas fazem o que vendem, novas tecnologias permitem novos comportamentos colaborativos e uma lógica de escassez e competitividade pouco a pouco vai sendo substituída por uma lógica de abundância e de compartilhamento. A busca por uma vida mais feliz ganha cada vez mais prioridade e esse é o centro de atuação do Movimento Buena Onda.
O MOB foi idealizado e fundado em 2012 por Rogério Oliveira e Guilherme Pereira, ambos ex-executivos com mais de 14 anos de experiência e vivência dentro de grandes empresas nacionais e multinacionais, que em certo ponto da carreira perceberam o quanto o modelo tradicional de organização e a ciência da gestão estava obsoleta, causando traumas profundos nas pessoas e consequentemente afastando as empresas do resultado econômico que pretendiam atingir.
Além disso, perceberam o quanto as organizações atualmente sentem-se perdidas sobre como atuar em relação as novas tendências do comportamento humano, com graves problemas de retenção e atração de talentos. “Conhecemos empresas que por acharem que estavam gastando muito em programas de trainees que saíam da empresa logo após o término, preferiram simplesmente encerrar com o programa de atração de jovens talentos ao invés de se aprofundar e tentar entender o porque o seu modelo já não mais retinha estes jovens. Perderam uma grande oportunidade de aprender e se ajustar para o que é uma tendência inevitável”, conta Oliveira.
Temas como felicidade no trabalho, a nova gestão, o papel do novo líder começaram a ser abordados e levados às pessoas pelo Movimento Buena Onda por meio de aulas, palestras e workshops em 2012 inicialmente a partir de uma parceria com a escola Perestroika, presente em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e Brasília. Para o Movimento Buena Onda o aumento da felicidade no trabalho não tem absolutamente nada a ver com a colocação de pufs coloridos, serviços de massagens ou de conveniência para as pessoas. “Nossa intervenção nas empresas por meio de dinâmicas, palestras, workshops e consultoria é em questões estruturais. Mexemos em questões da cultura, dos modelos hierarquicos, na simplificação de processos, níveis de autonomia, profundidade do propósito de uma área ou empresa”, explica Pereira.
O conteúdo do Movimento Buena Onda utilizado em suas diferentes dinâmicas tem origem principal na sua rede de parceiros nacionais e internacionais que incluem por exemplo empresas como Happiness Works do Inglês Nic Marks que estuda o tema há mais de 13 anos e nomes como o do pesquisador Daniel Pink escritor do Best Seller Motivação 3.0 entre outros. O Movimento Buena Onda ainda tem como base seu conteúdo pesquisas em temas como filosofia, sociologia, psicologia positiva e vivencias fruto de viagens de imersão por diferentes países, culturas e organizações em todo mundo, como por exemplo imersões no Butão, país que desenvolveu o estudo e medição da FIB – Felicidade Interna Bruta ao invés de medir o PIB para tomar as decisões de governo.
O que o Movimento Buena Onda pretende, quando se assume como a facilitadora de um novo mundo que já surgiu, é tirar as pessoas de um modo de vida levado no “piloto automático”, provocando-as com conteúdos já há algum tempo disponíveis nos universos da sociologia, psicologia e filosofia, mas agora traduzidos em ferramentas e linguagens práticas para empresas e profissionais. “Queremos que as pessoas saiam dos nossos workshops com planos concretos que possam ser implementados no dia seguinte. Não fazemos palestras motivacionais que são incríveis e divertidas, mas que no dia seguinte você já esqueceu e volta a sua rotina. Costumamos brincar que felicidade para nós é coisa séria”, diz Oliveira.

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